O “agronegócio sertanejo”: (re)pecuarização e grande propriedade rural na microrregião de Catolé do Rocha (PB), semiárido nordestino.
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1338 |
Resumo: | O trabalho abrange as transformações sociais, econômicas, técnicas e produtivas que têm sido vivenciadas nas médias e grandes propriedades rurais do semiárido nordestino, demarcando as especificidades dos esforços recentes de modernização e de integração aos mercados de produtos agropecuários. Objetivou-se entender como os proprietários rurais reagem e se organizam frente aos processos de modernização após a decadência do sistema latifúndio/algodão/pecuária/morada a partir de finais da década de 1970. Propomos a utilização da noção de “agronegócio sertanejo” para a compreensão destas transformações. Para a realização dos objetivos, decidiu-se pela realização de pesquisa de campo na microrregião de Catolé do Rocha, no Sertão da Paraíba. O município de Catolé do Rocha e os demais desta microrregião estão historicamente ligados ao poder dos coronéis e à manutenção do patrimônio fundiário, dando fama nacional às oligarquias familiares, em especial à família Maia. Entrevistas realizadas junto aos médios e grandes proprietários de terras dos municípios que compõe a microrregião, levantamentos de dados junto ao IBGE e INCRA e coleta de informações junto ao cartório do município de Catolé do Rocha e arquivos da família Maia, compõem nosso universo empírico de análise. Para dar conta de refletir sobre a forma particular do agronegócio no semiárido nordestino, combinada a outras formas sociais assumidas pela grande propriedade na região, está tese se orienta pela seguinte questão: em que medida podemos compreender os processos de reestruturação produtiva engendrados nas últimas décadas nas médias e grandes propriedades da microrregião de Catolé do Rocha a partir da noção de “agronegócio sertanejo”? e (re)pecuarização? A compreensão das estratégias adotadas pelos proprietários na conformação do que estamos chamando de “agronegócio sertanejo” passa necessariamente pela ressignificação da atividade pecuária e pela emergência de novas formas sociais que levaram à superação do antigo latifúndio. As duas noções que mobilizamos neste trabalho expressam uma certa ambiguidade de lógicas discursivas e práticas em traços constitutivos da identidade de médios e grandes proprietários rurais, em que tradicionalismo e conservadorismo convivem com ideias de modernização e empreendedorismo. |