Composição bromatológica de variedades de palma forrageira fertirrigadas com nitrogênio no Semiárido Brasileiro.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: COSTA, Patrícia da Silva.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/808
Resumo: A palma forrageira é adaptada às regiões de clima semiárido, constituindo importante fonte de alimento para os rebanhos no período de estiagem, sobretudo no Nordeste do Brasil. Apesar de ser uma cultura adaptada ao clima e solos da Região, pesquisas comprovam seu aumento expressivo de produtividade sob disponibilidade hídrica e nutricional adequada. Contudo, pouco se sabe sobre o efeito do ganho de produtividade na qualidade da produção. Objetivou-se avaliar a composição bromatológica de variedades de palma forrageira fertirrigadas com doses de nitrogênio no semiárido brasileiro. O experimento foi conduzido em campo, na fazenda Poço Redondo, município de Santa Luzia, PB. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, em esquema fatorial 3x5, constituído de três variedades de palma forrageira (V1 = Baiana; V2 = Miúda e V3 = Orelha de Elefante Mexicana) e cinco doses de nitrogênio (N0= 0, N1= 150, N2= 300, N3= 450 e N4 = 600 kg ha-1 de N), com três repetições. A composição bromatológica foi expressa através dos teores de matéria seca, matéria mineral, proteína bruta, extrato etéreo, fibra em detergente neutro, fibra detergente ácido, carboidratos totais e não fibrosos. Os dados foram submetidos à análise de variância, regressão polinomial e teste de comparação de médias. Verificou-se efeito significativo das doses de nitrogênio e diferença entre as variedades, bem como interação entre estes fatores, exceto para os teores de fibra em detergente neutro e extrato etéreo. As médias das variáveis tiveram ajuste quadrático, com exceção dos teores de proteína bruta e carboidratos totais que foram ajustados ao modelo linear. Os teores de matéria seca, fibra em detergente neutro, fibra em detergente ácido, proteína bruta e extrato etéreo foram incrementados com o aumento da oferta de nitrogênio via fertirrigação, atingindo valores máximos, seguidos de redução nas maiores doses, exceto para os teores de proteína bruta que teve aumento linear. Houve redução dos teores de carboidratos não fibrosos e carboidratos totais na medida em que as doses de nitrogênio foram aumentadas na água de irrigação, excetuando-se a variedade Miúda, que após atingir valores críticos destes carboidratos expressou aumento nesses teores. Dentre as variedades, a Baiana teve maiores teores de matéria seca, fibras em detergente neutro e ácido, carboidratos totais e não fibrosos. A Miúda teve maior teor de matéria mineral. Ressalte-se que o desempenho destas variedades, para as variáveis consideradas, depende da dose de nitrogênio. A composição bromatológica de variedades de palma forrageira é influenciada positivamente pela fertirrigação com doses de nitrogênio no semiárido brasileiro. A prática de fertirrigação nitrogenada pode ser recomendada para o cultivo de palma forrageira na região, observando-se a dose de nitrogênio ótima para cada componente bromatológico.