Membranas de quitosana para uso em sistema de liberação controlada de insulina: síntese e caracterização.
Ano de defesa: | 2011 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Ciências e Tecnologia - CCT PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PROCESSOS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2434 |
Resumo: | O termo Diabetes Mellitus (DM) compreende um grupo de desordens metabólicas caracterizado por hiperglicemia crónica resultante de defeitos na secreção e/ou ação da insulina. A Insulinoterapia se constitui no tratamento de eleição para o DM, consistindo em aplicações subcutâneas diárias de insulina para o controle dos níveis glicêmicos. A quitosana, estudada pela Biomedicina, é um biomaterial que pode ser utilizado em sistemas de liberação controlada de fármacos, cuja taxa de liberação pode ser controlada pelo Tripolifosfato de Sódio (TPP) que é um reticulante iônico da quitosana utilizado para aplicações específicas. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo desenvolver e avaliar membranas poliméricas de quitosana e quitosana reticulada pelo TPP para uso em sistema de liberação controlada de insulina, com a finalidade de obter uma via alternativa à injetável para administração desse fármaco. As membranas desenvolvidas foram caracterizadas pelas técnicas de Tensão Superficial, Espectroscopia na Região do Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), Difração de Raios X (DRX), Microscopia Ótica (MO), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Espectroscopia por Energia Dispersiva de Raios X (EDX), Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE), Biodegradação Enzimática, Avaliação da Viabilidade Celular dos Macrófagos (MTT) e Determinação da Produção de Óxido Nítrico (NO). Com as medidas de tensão superficial, foi possível observar um aumento no caráter hidrofílico da membrana contendo insulina e tripolifosfato em comparação àquelas de quitosana pura. Com a técnica de FTIR foi possível identificar a interação entre a quitosana, a insulina e o tripolifosfato. A técnica de DRX demonstrou alteração no caráter semicristalino da quitosana com a presença da insulina e do tripolifosfato. Elementos químicos presentes na quitosana, na insulina e no tripolifosfato de sódio foram detectados pela técnica de EDX. Foi possível perceber, através da técnicas de MO e MEV, alteração na morfologia da membrana contende insulina quando comparada a de quitosana pura, com a presença de partículas granulares de tamanhos variados. O ensaio de CLAE mostrou que a insulina foi identificada e separada, sem sofrer alteração estrutural, da membrana de quitosana mesmo quando esta membrana estava reticulada pelo TPP. Os ensaios de biodegradação apontaram que as membranas são biodegradáveis. A biocompatibilidade dos compostos foi confirmada com os ensaios de MTT e NO que revelaram pouca ou nenhuma citotoxicidade. Os resultados apresentados indicaram alterações que sugerem a presença de insulina incorporada na membrana de quitosana. As membranas desenvolvidas apresentam viabilidade para serem utilizadas como biomaterial em sistemas de liberação controlada de insulina. |