Recortes da memória em El corazón de los pájaros, de Elsa López: caminhos para o ensino das literaturas hispanoafricanas em aulas de ELE.
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2414 |
Resumo: | Partilhamos da percepção de que o texto literário é capaz de proporcionar ao homem um aprendizado que vai além do conhecimento acadêmico. Com ele é possível despertar olhares múltiplos, questionadores, que instigam o pensamento a uma reflexão crítica e apurada. Através da Literatura, é possível que o homem se torne mais humano e reconheça seu papel na sociedade, uma vez que o texto literário pode proporcionar a ideia de reconhecimento do outro e de si mesmo. Assim, pensando em uma literatura no contexto de ensino de uma língua estrangeira, podemos afirmar que o professor tem a oportunidade de levar a seus alunos a experiência de conhecer e vivenciar a cultura do outro. Por essa razão, a relevância do presente estudo está no fato de compreender a importância do cumprimento de duas Leis federais brasileiras referentes ao ensino: a primeira, é a Lei 11.161/05, que torna obrigatória a oferta do ensino do ELE (espanhol como língua estrangeira) nos currículos plenos do Ensino Médio; e, a segunda, a Lei nº 10.639/03, que ressalta e reforça a importância de se trabalhar na Educação Básica a história e a cultura africana e afrobrasileira. Considerando essa situação nacional, nosso objetivo é instigar uma reflexão sobre o ensino do ELE, intermediada pelo romance El corazón de los pájaros, da escritora contemporânea guinéu-equatoriana, Elza Lópes, promovendo reflexões sobre a cultura africana de língua espanhola. Tal escolha se dá pela importância dessa obra literária como uma escrita memorial podendo ser, também, uma expressão da necessidade coletiva de recriar literariamente um passado não muito distante, em que a presença do colonizador do século XIX marcou a história daquele continente. Para nossas reflexões, apoiamo-nos em Queiroz (2007), Ngom (2010) e Ndongo-Bidyogo (2000) abordando suas contribuições a respeito das literaturas hispanoafricanas; Brait (2013) (2012) por defender a indissociabilidade do ensino de língua e literatura; Hall (2014) no intuito de refletir sobre a identidade do sujeito na pós-modernidade e por fim, Spivak (2010) em suas reflexões acerca da subalternidade pelo viés de consequências do pós-colonialismo. A partir do referido romance, identificamos e refletimos sobre os traços de uma identidade subalterna que fez e/ou se faz presente na história da Guiné Equatorial, sendo, portanto, uma discussão indispensável para o cumprimento das Leis Federais, no que diz respeito ao ensino do ELE no Brasil. |