Estrada de ferro de Mossoró e vida cotidiana: história e historiografia (1912-1951).
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/31441 |
Resumo: | O objetivo do trabalho é identificar e compreender na historiografia e nos memorialistas o modo como as representações inscritas nos textos foram aceitas ou impostas a respeito da Estrada de Ferro de Mossoró, uma vez que esses textos não são isentos ou neutros, mas são construídos para dar significado e sentidos ao mundo. As ideias que tornearam a construção da estrada, do suíço João Ulrich Graf, na década de 1870, foram o mote para os grupos dominantes na República, e esse “sonho grafiano” foi reivindicado em inúmeras “propagandas” Brasil afora em defesa da ferrovia. A metodologia se construiu a partir de pesquisas bibliográficas e acesso a textos, artigos (jornais, documentos, memoriais, pareceres, etc). Destarte, foram utilizados como aportes teóricos os conceitos de representação, de Roger Chartier (1990, 1991, 2002); “teatralização política”, cujos referenciais foram Georges Balandier, Marc Bloch, Adam Hochschild e Clifford Geertz. Naquele momento histórico, a elite tentou mostrar-se “solidária” aos retirantes, apropriando do “discurso da seca” e do sofrimento alheio através de linguagem dramática para produzir imagens que convencessem o Governo Central que a causa da miséria e atraso de Mossoró era a ausência da ferrovia. Sobre esse tópico existem poucos trabalhos, mas alguns foram fundamentais para responder as problemáticas, a exemplo do trabalho de Clementino (1990), Camelo Filho (2000), Melo (2000), Aranha (2001, 2003, 2007), Rocha (2005), Rodrigues (2006), Galvão (2019), entre outros. Desse modo, observou-se que construída a partir de um traçado diferente do plano inicial, os trilhos trouxeram consigo impactos econômicos, sociais e culturais para a cidade de Mossoró na primeira metade do século XX, bem como o aumento populacional, das rendas públicas, a expansão espacial da cidade, entre outros. |