Estratégia para determinar a frequência e magnitude de descargas do lodo de excesso de reatores UASB.
Ano de defesa: | 2000 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/10081 |
Resumo: | Como todos os sistemas biológicos de tratamento de águas residuárias, o reator UASB produz lodo que se acumula no reator. Como a capacidade de acumulação do reator e limitada, o lodo produzido ira ser descarregado junto com o efluente, como lodo de excesso, quando o reator estiver cheio de lodo. Para evitar descargas de lodo junto com o efluente e necessário que o lodo de excesso seja descarregado periodicamente do reator, antes que sua capacidade de armazenamento seja esgotada. Para um custo operacional minimo e preferível fazer grandes descargas com menores frequências. Por outro lado, a descarga não pode ser excessiva para não prejudicar o desempenho do reator. Foi realizada uma investigação experimental, em escala piloto, para estabelecer a influencia da magnitude de descargas de lodo de excesso sobre o desempenho de reatores UASB, tratando esgoto sanitário. Três reatores UASB foram operados com tempos de detenção hidráulica (TDH) de 4 e 8 horas e foram dadas descargas de lodo de excesso de diferentes magnitudes. Foram observados o desempenho e a estabilidade operacional dos reatores antes e apos as descargas e foram determinadas a acumulação de lodo e a quantidade de descarga não intencional (wash-out) junto ao efluente. Durante o período de operação e desempenho estável sem descargas de lodo, a produção de lodo foi determinada a partir dos sólidos sedimentáveis no efluente e da massa de lodo acumulada no reator. Os dados mostram que, para descargas de ate 50% da massa de lodo nos reatores operados com TDH = 4 horas e 60% naqueles outros operados com 8 horas, apenas durante os primeiros dias apos as descargas, a eficiência e a estabilidade operacional foram um pouco afetadas. Descargas de lodo acima de 80% não causaram instabilidade, mas foi observada uma redução na eficiência de remoção da DQO durante 1 a 2 semanas apos a descarga. Independente da magnitude das descargas, o pH efluente permaneceu na faixa estreita de 6,8 a 7,0 e a razão entre a alcalinidade (media de 275 mg/1 como CaC03) e a concentração dos ácidos graxos voláteis (media de 28 mg HAc/L) foi sempre muito alta, de forma que, nunca houve perigo de "azedamento" do conteúdo dos reatores. Baseados nos dados experimentais e nos procedimentos operacionais foi desenvolvido um procedimento para otimizar a descarga de lodo de excesso. Acredita-se que, alem das condições naturais e favoráveis observadas durante a investigação experimental (temperatura media de 27 °C), a estabilidade operacional dos reatores pode ser atribuída a configuração do separador de fases que e mais eficiente que os convencionais. Provavelmente, os resultados com reatores convencionais seriam diferentes. |