A criança "não normal" e a "quase normal": a atuação do Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPS i) de Campina Grande-PB e o processo social de estigmatização.
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS EM REDE PROFLETRAS (UFRN) UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/5479 |
Resumo: | Este estudo tem sua origem a partir da experiência profissional no âmbito de um Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPS i) da cidade de Campina Grande-PB. Então, apreendemos que na infância, desde mais tenra idade, há um processo social de estigmatização infantil por meio do qual a identidade da criança se constitui, tendo em vista sua institucionalização e decorrentes naturalizações e normatizações. Assim, em termos específicos, objetivamos compreender esse processo social, abordando os familiares acerca de fatores marcantes que contribuem para seu surgimento e fortalecimento, bem como a respeito de conflitos vivenciados entre os membros familiares que impulsionam esta problemática. Também tivemos por objetivo examinar o grau de assimilação nestas famílias dos “novos discursos” proporcionados pelos dois CAPS is da cidade, em busca de saber sobre a influência destes discursos no processo em questão. Por outro lado, ao inquirimos os profissionais dos CAPS is, buscamos perceber sobre o nível de reflexividade dos mesmos, frente a questões que também se configuram como impactantes, procurando elencar as questões interinstitucionais conflituosas, que igualmente contribuem para reprodução do processo de estigmatização. Para tanto, nos norteamos teoricamente em três autores: Goffman, Foucault e Giddens. Dentre esses três autores Giddens nos deu os elementos para uma síntese das construções teóricas dos outros dois, ao tempo em que nos apresentou uma importante perspectiva teórica à situação social levantada neste trabalho. Com Goffman, observamos os processos institucionais “normatizantes” que enquadram a criança, auxiliando, assim, sua estigmatização; com Foucault, igualmente abordamos os processos modernos de constituição e “normatização” da subjetividade. Com Giddens, mediante o conceito de “projeto vida”, pudemos analisar um tipo de “política” para a auto-realização do indivíduo, um “projeto reflexivo do eu”, por meio do qual o ator social pode adquirir um tipo de confiança que o faz responder positiva e criativamente às fluidas demandas da “modernidade tardia”. O desenho da pesquisa foi qualitativa e por meio da análise de casos de crianças que já tinham sido diagnosticadas por um “transtorno de conduta” e suas respectivas famílias; as ferramentas utilizadas para a Coleta de Dados foi, a princípio, um “Diário de Campo” e, em seguida, “Entrevistas Não Estruturadas”. Por fim, as interpretações se deram à luz da Análise de Discurso. |