Análise da variabilidade dos períodos secos e chuvosos da precipitação pluvial no estado da Paraíba utilizando o Índice Padronizado de Precipitação (SPI).
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28836 |
Resumo: | Situada no Nordeste brasileiro (NEB), a Paraíba apresenta uma variabilidade climática, com períodos que variam desde altos índices de precipitação até temporadas de severas secas, devido a influência direta de elementos e mecanismos que ditam o regime de chuvas nessa Região. Este trabalho objetivou estimar a variabilidade e tendência das chuvas no estado da Paraíba através da análise de precipitações médias mensais e anuais em períodos chuvosos e secos. Foram considerados registros de 123 postos pluviométricos da AESA, contemplando 27 anos de observações. Estatísticas básicas foram estimadas: média, mediana, desvio-padrão, coeficientes de assimetria, curtose e variação. Os resultados demonstraram que a distribuição da precipitação pluviométrica ocorre de forma irregular e com grande variação durante todo o ano. A distribuição anual demonstrou alta variabilidade espacial da precipitação no setor central do Estado, com menores valores em torno de 300 a 500 mm. No Sertão e Alto Sertão esses valores encontram-se por volta de 700 a 900 mm. No Brejo e Agreste de 700 a 1200 mm e no Litoral de 1200 a 2000 mm. Os meses de março e abril foram os meses mais chuvosos em praticamente todo estado e de maio a agosto os maiores totais precipitados se concentram na faixa leste e principalmente no Litoral sul. Setembro foi considerado o mês mais seco e no restante do ano as chuvas ocorreram de forma isolada. Os valores do coeficiente de assimetria (𝐶𝑠) variaram bastante, mas na Zona da Mata esses valores se apresentaram mais uniformes. Em quase todos os meses da série histórica dos dados de chuva a assimetria foi positiva. Os picos do Coeficiente de curtose (𝐶𝑘) Ficaram concentrados na parte central do Estado compreendendo de janeiro a maio. A partir de junho os valores mais altos foram verificados na parte oeste do Estado. Os picos do Coeficiente de variação (𝐶𝑣) localizaram-se nas regiões do Agreste e da Borborema, entre janeiro a abril. O Sertão se configurou como região com maior variação de 𝐶𝑣 no restante do ano. A Zona da Mata apresentou uma homogeneidade praticamente anual, com baixa variação de janeiro a março. Na análise dos períodos seco e chuvoso foram utilizados os Índices de Precipitação Padronizado (IPPs) nas escalas temporais de 1, 3, 6 e 12 meses. Entre os anos de 1997 a 2000 foram verificadas atuações de secas identificadas por todos os IPPs. Esses eventos possivelmente sofreram influências do fenômeno El Niño. Destaca-se aqui a seca histórica em todo o território paraibano no ano de 1998, assim como as secas ocorridas entre 2014 e 2016. |