Características da carcaça de ovinos Santa Inês terminados em pastejo e submetidos a diferentes níveis de suplementação.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: DANTAS, Adriano Freitas.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9437
Resumo: O experimento foi desenvolvido no Centro de Saúde e Tecnologia Rural (CSTR), da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos – PB com o objetivo de avaliar as características da carcaça de cordeiros Santa Inês, mantidos em pastagem nativa enriquecida com capim buffel (Cenchrus ciliaris L cv Biloela) e submetidos a diferentes níveis de suplementação na dieta (1,5%, 1,0% e 0,0% do PV), constituindo-se nos tratamentos. Foram utilizados 24 animais, machos castrados, com peso vivo (PV) médio inicial de 15kg ± 1,44 e idade média de 75 dias. O concentrado foi constituído à base de milho moído, farelo de soja e sal mineral. Quando os animais do tratamento que recebia dieta com maior nível de concentrado atingiam 30 kg de PV foram, juntamente com seus pares dos demais tratamentos, submetidos a jejum de 16 horas de dieta sólida e 12 horas de dieta líquida. Em seguida, foram pesados para obtenção do peso vivo ao abate (PA). Os animais foram abatidos por atordoamento e secção das artérias carótidas e veias jugulares. O trato gastrintestinal foi esvaziado e limpo para a obtenção do peso do corpo vazio (PCV). Após a separação dos componentes não constituintes da carcaça, foi obtido o peso da carcaça quente (PCQ), o qual foi utilizado para estimar o rendimento de carcaça quente (RCQ). As carcaças foram resfriadas em câmara fria a 5ºC durante 24 horas e, ao final deste período, foram pesadas para a obtenção do peso da carcaça fria (PCF), o qual foi utilizado para estimar o rendimento de carcaça fria (RCF). Em seguida, a carcaça foi dividida nos cortes (perna, lombo, costelas, paleta e pescoço), os quais foram pesados para cálculo dos seus rendimentos em relação ao peso da carcaça. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado com três tratamento e oito repetições. Entre os tratamentos, houve diferenças significativas (p<0,05) para o peso ao abate, peso da carcaça quente, peso da carcaça fria, peso do corpo vazio e os rendimentos de carcaça quente e fria e maior área de olho de lombo, com os maiores índices obtidos pelos animais do tratamento 1,5%. Quanto ao peso do conteúdo gastrintestinal e rendimento biológico, não houve diferença significativa (p>0,05) entre os tratamentos. Os rendimentos de perna, lombo, costela e pescoço foram semelhantes entre os tratamentos 1,0% e 1,5% do PV. A utilização da suplementação na dieta de cordeiro Santa Inês em regime de pastejo, nas condições de clima semi-árido, possibilita a obtenção de cordeiros com menor idade ao abate e com características mais desejáveis da carcaça, tais como: melhor rendimento, maior peso e compacidade, maior área de olho de lombo, menor perda de peso no resfriamento, e maior peso dos cortes comerciais. Em termos de análise econômica pode-se concluir que, se o objetivo for obter carcaças mais leves com peso em torno de 7 kg e com nível mínimo de gordura não há necessidade de suplementação com concentrado, mas, se o objetivo for obter carcaças pesando de 10 a 12 kg e com melhor nível de acabamento recomenda-se suplementação com 1,0 a 1,5 % do peso vivo com concentrado.