A institucionalização da questão ambiental no Brasil: modernização ecológica e gestão regional de recursos nos projetos de transposição e revitalização do Rio São Francisco.
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/27766 |
Resumo: | O presente trabalho de tese analisa as maneiras pelas quais tem se dado a institucionalização da questão ambiental no Brasil mediante a incorporação de preocupações relativas à conservação da natureza em projetos, políticas e ações estatais. Parte-se do pressuposto que a amplitude, variabilidade e multiplicidade de sentidos associados à problemática ambiental resultam de disputas discursivas e políticas acerca das estratégias de conservação da natureza e dos instrumentos econômicos e institucionais adequados para tratar do que se tem definido como crise ambiental no quadro das sociedades capitalistas avançadas. Desse modo, foram utilizados os documentos oficiais relacionados ao Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias do Nordeste Setentrional (PISF) e ao Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do São Francisco (PRSF), além de outros documentos que fundamentam uma política de desenvolvimento para a região do semiárido nordestino, depoimentos de lideranças dos movimentos sociais, e de outros atores que se destacam no debate sobre a transposição do rio São Francisco. Procurou-se perceber os significados que a questão ambiental toma ao ser incorporada no PISF e PRSF, bem como a disputa simbólica entre os atores envolvidos na transposição e revitalização. As evidências trazem pelo menos duas formas de pensar a dinâmica de incorporação da questão ambiental nessas ações estatais, promovendo o que se chamou na tese de ―ecologização de projetos estatais‖: uma ―ecológica‖, voltada para a recuperação do rio e manutenção de uma dinâmica de subsistência, e outra que seria ―econômica‖, sendo um conjunto de ações de renovação do rio, possibilitando um manejo ou uso racional dos recursos. Nesse contexto, parece que predomina uma noção de uso racional de recursos, com uma forte adequação aos pressupostos da modernização ecológica. |