Monitoramento da estação de tratamento de esgoto do Hospital Geral Waldemar de Alcântara- Fortaleza (CE) como instrumento de gestão de efluentes.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: PAIVA, Francisco Vieira.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/16891
Resumo: Estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS) são unidades que promovem o bem-estar da população pelo tratamento e pela prevenção das doenças. São, no entanto, geradores de resíduos líquidos com elevada complexidade, que na maioria das vezes não são tratados adequadamente. Neste trabalho são apresentados resultados de uma investigação realizada no Hospital Geral Waldemar de Alcântara, na cidade de Fortaleza-CE, que teve como objetivo o estudo do tratamento dos resíduos líquidos hospitalares gerados no EAS. Os resíduos eram tratados por uma Estação de Tratamento de Esgoto com reatores combinados UASB e lodos ativados. O trabalho teve duração de três anos (2006-2008). O conhecimento da qualidade dos esgotos, a complexidade operacional, qualidade do efluente e do corpo receptor (rede de drenagem) e a gestão da geração dos resíduos líquidos, conduziram à realização de auditorias no EAS, caracterização físico-química dos resíduos líquidos, testes de atividade metanogênica específica, toxicidade do ácido peracético e cromatografia gasosa. Os resultados mostram que esses possuem características semelhantes a esgoto doméstico concentrado. As concentrações de sólidos em suspensão, material orgânico e nutrientes tiveram particularidades devida às atividades típicas do EAS. Foi possível identificar que o sistema combinado é passível de tratar esgoto hospitalar, porém o TDH não deve ser abaixo de seis horas na vazão máxima e que deve existir uma etapa de polimento do efluente para reter compostos químicosfarmacêuticos persistentes. A atividade metanogênica específica feita com o lodo do UASB mostrou produção de metano dentro do esperado para reatores anaeróbios de fluxo ascendente com manta de lodo, mostrando que não houve inibição dos processos. Nos testes de toxicidade ocorreu colapso com ácido peracético e baixa produção de metano. As análises de cromatografia gasosa realizadas no afluente, efluente do UASB, efluente final revelaram a presença de vários compostos derivados da indústria química-farmacêutica. O estudo permitiu concluir que o desempenho do sistema foi afetado por diversos fatores, como: gestão inadequada dos resíduos líquidos hospitalares, vazão excessiva, complexidade do esgoto, dificuldades operacionais e falta de uma unidade de polimento do efluente para remoção de compostos químico-farmacêuticos principalmente os ftalados. No geral, o sistema de tratamento mostrou-se eficiente na remoção de DBO5, DQO e SST com 90%, 90% e 72% respectivamente.