Trocas gasosas e morfofisiologia em capim-massai sob pastejo e adubado com nitrogênio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lopes, Marcos Neves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/18939
Resumo: Objetivou-se avaliar as trocas gasosas, o fluxo de biomassa, a estrutura e os componentes da biomassa no pré e pós-pastejo e a dinâmica de perfilhamento em capim-massai submetido a crescentes doses de nitrogênio (controle - sem nitrogênio; 400; 800 e 1200 kg•ha-1•ano-1) e sob lotação rotativa com ovinos, num delineamento inteiramente casualizado com medidas repetidas no tempo. A dose de nitrogênio para cada tratamento foi dividida em duas parcelas, sendo a primeira metade aplicada logo após a saída dos animais do piquete e a segunda metade aplicada na metade do período de descanso, de acordo com cada dose avaliada. O período de descanso adotado foi de aproximadamente 1,5 novas folhas por perfilho, conforme determinação em pré-ensaio quando do início da instalação do experimento, propiciando um intervalo de 22; 18; 16 e 13 dias para as doses de nitrogênio de 0,0 – controle; 400; 800 e 1200 kg•ha-1•ano-1, respectivamente. A técnica de “mob-grazing” foi usada para a realização dos pastejos, empregando-se grupos de animais para desfolhações rápidas (duração de 7 a 11 horas). À medida que os animais pastejavam, a altura do pasto foi monitorada com auxílio de uma régua, até que o dossel atingisse a altura residual preconizada de aproximadamente 15 cm, correspondendo ao IAF residual de saída dos animais do piquete de aproximadamente 1,5. As variáveis: condutância estomática, taxa de fotossíntese foliar, concentração interna de CO2, relação fotossíntese/transpiração, índice relativo de clorofila e índice de suficiência de nitrogênio responderam de forma linear crescente ao incremento nas doses de nitrogênio. Verificou-se aumento de 92,3% na taxa de fotossíntese para a dose de nitrogênio de 1200 kg•ha-1•ano-1 em relação à ausência de nitrogênio. A temperatura da folha e a relação fotossíntese/condutância foram reduzidas com o aumento nas doses de nitrogênio. A adubação nitrogenada proporcionou resposta quadrática com ponto de máxima sobre a taxa de transpiração foliar e produção de biomassa de forragem total. A taxa de alongamento foliar respondeu crescentemente às doses de nitrogênio (N) e o ciclo de pastejo 4 revelou valor inferior em relação aos três primeiros. A taxa de alongamento das hastes respondeu de forma linear crescente com as doses de N, porém não foi influenciada pelos ciclos de pastejo. As taxas de senescência foliar anterior e posterior não foram influenciadas pela adubação nitrogenada, nem tampouco foram alteradas com os ciclos sucessivos de pastejo. A taxa de aparecimento foliar e o filocrono foram influenciados somente pela adubação nitrogenada, revelando resposta linear crescente e decrescente, respectivamente, com as doses de N. Constatou-se resposta quadrática com ponto de máximo para o comprimento médio das folhas com a elevação nas doses de N e o ciclo de pastejo 4 apresentou menor valor para a referida variável. Para cada quilograma de N•ha-1•ano-1, observou-se incrementos de 0,161 e 0,1604 kg•ha-1•dia-1 na taxa de produção de forragem e de acúmulo de forragem, respectivamente. Constatou-se resposta quadrática para as variáveis: biomassa de forragem verde, de lâmina foliar verde, de colmo verde, densidade total de forragem, altura do dossel e relação material vivo/material morto, alcançando valores máximos (5172,9; 4146,3; 1033,9 kg•ha-1•ciclo-1; 179,1 kg•ha-1•cm-1; 36,8 cm; 4,0; respectivamente) nas doses de N de 896; 933,9; 797; 879,2; 751,4 e 1161 kg•ha-1•ano-1, respectivamente. Para tais variáveis, verificou-se oscilação entre os ciclos de pastejo estudados. Elevação nas doses de nitrogênio proporcionou resposta crescente sobre as variáveis: densidade populacional de perfilhos residual, biomassa de forragem total residual, de forragem verde residual, de forragem morta residual, densidade total de forragem residual e densidade de forragem verde residual. Verficou-se resposta quadrática para a biomassa de colmo verde residual e densidade de colmo verde residual, alcançando valores máximos (1.014,4 kg•ha-1•ciclo-1 e 67,9 kg•ha-1•cm-1, respectivamente) nas doses de nitrogênio de 881 e 872,1 kg •ha-1•ano-1, respectivamente. Observou-se resposta quadrática para a relação lâmina foliar/colmo residual e índice de qualidade da biomassa residual, alcançando valores mínimos (0,75; 23%, respectivamente) nas doses de nitrogênio de 707,6 e 679,3 kg•ha-1•ano-1, respectivamente. Os ciclos de pastejo exerceram alterações sobre a maioria das variáveis analisadas no pós-pastejo, exceto para a biomassa de forragem verde residual, relação material vivo/material morto residual e densidade de forragem verde residual. As taxas de aparecimento, sobrevivência e mortalidade de perfilhos, biomassa do perfilho e relação perfilhos vegetativos/perfilhos mortos responderam crescentemente às doses de nitrogênio, com as duas primeiras taxas e a biomassa do perfilho variando entre os períodos de avaliação. Constatou-se resposta quadrática para a taxa de florescimento de perfilhos, densidade populacional de perfilhos vegetativos e densidade populacional de perfilhos reprodutivos, alcançando valores máximos (0,051 perf•100 perf-1•dia-1; 4818 e 35 perf•m-2, respectivamente) nas doses de nitrogênio de 613,5; 993,5 e 623,9 kg•ha-1•ano-1, respectivamente. Para a taxa de florescimento e densidade populacional de perfilhos reprodutivos, verificou-se oscilação entre os períodos de avaliação. A adubação nitrogenada proporciona respostas positivas sobre as trocas gasosas e morfofisiologia do capim-massai, podendo-se utilizar uma dose de nitrogênio de até 934 kg•ha-1•ano-1. Os ciclos de pastejo modificam as características morfofisiológicas da referida forrageira em pequena magnitude, quando se adota um manejo rigoroso do pastejo.