Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Viana, Beatriz Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/70775
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Resumo: |
Este trabalho surge da pesquisa “Programa Pesquisa para o SUS”, que objetivou cartografar as práticas em saúde mental infantojuvenil nas cinco macrorregiões do Ceará. No recorte desta tese, abordou-se um mapeamento das práticas de saúde mental infantojuvenil de Sobral/CE, objetivando traçar um plano de possíveis orientações e caminhos para uma direção clínica, ética e política de trabalho nesse âmbito, sob o viés psicanalítico. Assim, utilizou-se de uma abordagem qualitativa e exploratória do tipo “Pesquisa-Intervenção”, a partir da análise de Rodas de Conversas realizadas com profissionais de dispositivos da saúde mental infantojuvenil de Sobral e das narrativas provenientes da participação in loco da pesquisadora com o público de crianças e adolescentes em sofrimento psíquico na cidade. Tal análise baseou-se nos fundamentos teórico-metodológicos psicanalíticos, que têm como especificidade resgatar o lugar da clínica por meio da escuta da singularidade dos sujeitos. A relevância desta pesquisa está em apontar a urgência de discussões que produzam estratégias operacionais de enfrentamento do cenário nacional de retrocesso das práticas de saúde mental infantojuvenil e dos desafios concretos encontrados na realidade de Sobral, além de fazer avançar a teoria e a clínica psicanalíticas. Logo, a pergunta norteadora desta tese é: de que forma a análise das práticas de saúde mental infantojuvenil de Sobral pode auxiliar a pensar caminhos possíveis para uma direção clínico-ético-política de trabalho, a partir dos fundamentos psicanalíticos? Para respondê-la, procurou-se defender como é possível operar concretamente os fundamentos expostos acima nas práticas de saúde mental infantojuvenil, articulando o mandato orientador da política ministerial já regulamentada a nível nacional à análise das especificidades sobralenses. Inicialmente, realizou-se um resgate das políticas e das práticas de saúde mental infantojuvenil no Ceará e em Sobral. Em seguida, identificaram-se os desafios atuais dessas práticas em Sobral, a partir de falas colhidas nas Rodas de Conversas supracitadas, juntamente às vivências oriundas da inserção da pesquisadora nesta rede intersetorial. Apreendeu-se que os desafios se relacionam a aspectos que envolvem a gestão do cuidado e à articulação de redes intra e intersetoriais. A análise desses desafios permitiu operar – com as noções psicanalíticas de clínica, ética e política – visando à proposição de uma prática orientadora nesse campo, por meio de quatro possíveis caminhos e direcionamentos estratégicos na atenção: a forma como se compreende a infância e a adolescência influencia diretamente na operacionalização do cuidado; o lugar da demanda em saúde mental infantojuvenil precisa ser problematizado na condução dos casos; as formas de comunicação com os diversos dispositivos e com as crianças e os adolescentes podem irromper na fragmentação da atenção; o território deve ser operado apartir de seu caráter subjetivo e singular, e não como área de abrangência. Conclui-se que esta tese pode servir como ponto de partida para um direcionamento operacional na qualificação das práticas de saúde mental infantojuvenil em Sobral. Ademais, pode fazer avançar a teoria e a clínica psicanalíticas – uma vez que a psicanálise, ao mesmo tempo que afeta esse campo das políticas públicas de saúde mental infantojuvenil, por ele também é afetada. |