Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Peixoto, Karla Maria Marques |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/53446
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Resumo: |
O livro didático de português é um instrumento bastante presente nas salas de aulas brasileiras, assumindo o papel de principal organizador dos saberes institucionalizados em uma determinada época. Podemos lançar uma multiplicidade de olhares sobre esse objeto de estudo, no entanto, é consenso que não se pode descontextualizá-lo de toda a tradição cultural e escolar na qual ele está inserido, uma vez que ele sofre a influência de diversos eventos anteriores. Cientes dessa realidade, o presente trabalho tem como principal objetivo investigar as capacidades de linguagem acionadas em atividades de leitura em manuais de professores de língua portuguesa, publicados entre os anos de 1973 a 2015, relacionando-as às concepções de leitura que estão na base das suas construções. Para empreender as nossas análises, nos filiamos ao quadro teórico-metodológico do Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 2009), e à análise descendente de texto, principalmente no que se refere aos princípios referentes às capacidades de linguagem (DOLZ; PASQUIER; BRONCKART, 1993), categoria de análise selecionada por nós. Em relação às concepções de leitura, seguimos o percurso teórico estabelecido por Braggio (1992). O nosso corpus é constituído por dez livros didáticos, dois por cada década, dos quais analisamos cinco blocos de atividades de leitura em cada um. Verificamos, ao longo das cinco décadas analisadas, que os livros didáticos brasileiros estão caminhando, paulatinamente, da concepção mecanicista e psicolinguística para as de viés interacionista e socipsicolinguística. Em relação ao acionamento das capacidades de linguagem, os resultados apontam que as atividades estão caminhando da priorização dos mecanismos linguísticos e estruturais, acionados pelas capacidades discursiva e linguístico-discursiva, para os aspectos sócio-subjetivos do texto, acionados pela capacidade de ação. No entanto, esse percurso não se dá de forma linear, pois percebemos que práticas cristalizadas em determinadas épocas ainda reverberam nos livros didáticos, mesmo já tendo sido questionadas pelos estudos da linguagem e pelos documentos que prescrevem o ensino de uma determinada época. |