O EcoMuseu Natural do Mangue da Sabiaguaba na trilha da educação científica: uma trama de (in)certezas e perseverança

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Jesus, Mirleno Livio Monteiro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: www.teses.ufc.br
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/17656
Resumo: Como se deu o processo de constituição histórica do Ecomuseu Natural do Mangue da Sabiaguaba? Que ator/atores social/sociais participou/participaram de sua construção? O que motivou essa construção? Que atividades desenvolve? Qual o lugar da Educação Científica no conjunto de atividades que desenvolve?. Estes questionamentos constituem o norte da pesquisa que originou esta dissertação. Para o desenvolvimento deste estudo, partimos do pressuposto que educação não é sinônimo de escola. De escola somente, não. O acesso a informações e sua transformação em conhecimento não é privilégio da escola, enquanto instituição formal que, com seus currículos e programas, acredita nas garantias do ensino e da aprendizagem. Educar é movimento que extrapola os muros da escola formal e alcança comunidades que estão em seu entorno. Nesse sentido, este estudo é fruto da compreensão de que a escola é somente uma mão na via dos processos de elaboração e compartilhamento de conhecimentos. Escolas e Museus são instituições educativas e prezam pela formação de sujeitos partícipes na vida de comunidades e da sociedade de modo geral. Os ecomuseus, nesse contexto, são, também, vetores de produção e disseminação de informações e conhecimentos científicos. O foco desse estudo é o Ecomuseu Natural do Mangue de Sabiaguaba, localizado em Fortaleza, no bairro de Messejana. Considerando seu potencial educativo, sua preocupação com a formação de sujeitos conscientes e sensíveis com a questão socioambiental e, portanto, à aproximação da ciência de uma maneira não formal e, ainda, considerando a necessidade da existência de um registro histórico sistematizado e consistente sobre a instituição em foco, este trabalho teve como objetivo narrar a trajetória histórica de constituição do Ecomuseu Natural do Mangue (Ecomunam) da Sabiaguaba, em Fortaleza-CE, atentando para a sua relação com a educação científica proporcionada a seus visitantes. Este estudo encontrou, na metodologia da História Oral, os dados necessários para a constituição da história em pauta. Estes foram coletados por meio de entrevistas com os idealizadores e coordenadores do Ecomuseu. Os dados produzidos em situação de campo revelam que o nascimento do Ecomunam sempre esteve atrelado à ideia de socialização e transformação. Mudanças sucessivas em sua configuração tornaram-se, ao longo de sua criação, o lema que direciona suas diversas facetas. Coordenado por um educador ambiental com uma forte carga de experiências no campo ambiental, e uma pedagoga, o Ecomunam configura-se como um espaço de formação cidadã onde trabalha, numa perspectiva relacional e dialógica, a educação ambiental e a educação científica. A atividade denominada “aula de campo” é a protagonista desse contexto.