Infecção hospitalar em unidade de terapia intensiva pediátrica em Fortaleza-Ceará : características epidemiológicas, etiologia e fatores de risco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Martins, Fernanda Calixto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/1029
Resumo: A infecção hospitalar é atualmente a mais freqüente e importante causa de óbito de pacientes internados em unidades de terapia intensiva pediátrica. Para conhecer a dimensão desse problema em um Hospital Pediátrico que possui um atendimento terciário localizado no Ceará, foi realizado um estudo de coorte prospectivo de todas as crianças internadas na UTIP no período de 01 de agosto de 2007 a 31 de janeiro de 2008. Uma coorte de 66 pacientes foi seguida da internação a alta ou óbito. Ao todo 18 variáveis do paciente e hospitalares foram pesquisadas em cada membro da coorte. Os testes estatísticos utilizados foram: Mann-Whitney e o teste exato de FISCHER’S, o cálculo do risco relativo com os respectivos intervalos de confiança. Em seguida procedeu-se a análise multivariada com transformação para regressão logística dos fatores mais significativos (p<0,05). Ao final, um fator foi selecionado como preditor independente da infecção hospitalar: intubação orotraqueal (OR=2,29, IC95%=1,38 a 3,82). A incidência de infecção hospitalar foi de 54,6% (35IH/64pacientes). As bactérias mais prevalentes dos casos confirmados foram os bacilos gram-negativos (73,3%). A internação dos pacientes com infecção hospitalar foi de 2,9 vezes superior a internação dos pacientes não acometido. A probabilidade de óbito global esperado foi de 13% e a observada foi de 43,9%. Este estudo poderá ser útil para futuras estratégias com vistas a diminuir a morbimortalidade por infecção hospitalar.