Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Gallicchio, Gisele Soares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
www.teses.ufc.br
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/7623
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Resumo: |
Esta tese procura diferenciar violência de eliminação fazendo uso do pensamento de Gilles Deleuze e Félix Guattari. Inúmeros eventos vêm assinalando uma percepção diferente da vida e de seus componentes de valoração. A pesquisa busca contribuir com elementos “exteriores” àquilo que a escola, tradicionalmente, compreende em seu perímetro de práticas (e seu referencial teórico-conceitual). Um cruzamento de linhas faz romper as segmentaridades da esfera educacional. A segmentarização dispõe a escola, por escalonamento e por contigüidade, em uma sequência de etapas destinadas ao mercado. A eliminação vem indicar um investimento no processo de subjetivação, que implica a atualização do capital, caracterizando mudanças de um modo de vida. Novas escalas, provocadas pelo devir silício, geram afetos e afecções, colocando em jogo forças demarcadas em acontecimentos, que podem ser expressos pelos verbos eliminar, deletar, exterminar e selecionar. A tese procura seguir o percurso da eliminação num processo de desterritorialização da violência, quando incitada pelas práticas de consumo, reterritorializada nas estratégias de controle e absorvida pela subjetividade capitalística. A relação entre eliminar e consumir anuncia não apenas a excitação ao poder de compra e de aquisição de produtos-mercadorias, mas posturas subjetivantes geradas com a equivalência do eliminar aos atos de gastar, destruir, liquidar. A eliminação passa a engendrar as sociedades de controle que, através das máquinas comunicacionais e informacionais, investem no deletar. Ações e as condutas, sobrecodificadas em cotações e índices, reproduzem os mecanismos do capital financeiro numa espécie de pedagogia exercida nas redes sociais e nos jogos digitais. As estratégias intensificam-se, modulando os eliminar e o deletar em exterminar . Elas permeiam diferentes territórios existenciais: do funcionamento das empresas às chacinas escolares. Os vetores de desterritorialização apontam a potência de criação da eliminação através do selecionar. Esse sentido é detectado no filme Ben X, baseado na vida de um adolescente autista que sofre bullying, ao trazer uma dimensão ética e estética, demarcando as linhas de fuga capazes de afirmar a diferença e de produzir de um novo modo de vida. |