Desenvolvimento de um modelo experimental para estudo do linfonodo sentinela da vulva da cadela

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Aquino, José Ulcijara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/7718
Resumo: O câncer de vulva corresponde a aproximadamente 1% das neoplasias malignas da mulher e de 3% a 5% de tumores genitais femininos. 90% destes são carcinomas espino-celulares, curáveis quando diagnosticado precocemente. O tratamento radical inclui o esvaziamento inguinal bilateral na maioria dos casos. Aproximadamente 30% das pacientes operáveis têm disseminação linfonodal, as 70% restantes têm mutilação desnecessária. A possibilidade de aplicar o conceito de linfonodo sentinela, na conservação dos linfonodos regionais da vulva, ainda não é consenso. O modelo experimental na vulva da cadela é um passo importante no reconhecimento das peculiaridades da drenagem linfática deste órgão pela similaridade com a drenagem em humanos. Este trabalho experimental, em modelo canino tem como objetivo apresentar o modelo para a pesquisa do linfonodo sentinela na vulva da cadela usando o Azul Patente e Fitato de Tecnécio; avaliar o Azul Patente como marcador do linfonodo sentinela da vulva da cadela; avaliar o Fitato de Tecnécio como marcador do linfonodo sentinela na vulva da cadela, comparar os métodos obtidos pelas duas técnicas. Foram utilizados nos procedimentos 25 cadelas, adultas, sadias, com peso variando entre 10 e 12kg. Injeção de 5µCI de Tecnécio na região vulvar, com espera de 30’. Rastreamento com probe das regiões de drenagem vulvar, injeção de 0,5mL de azul patente na região vulvar, com espera de 15’. Definidos os pontos “quentes” com o probe, por incisões inguinais abordou-se o linfonodo, avaliando-se com o probe o linfonodo sentinela in-vivo e ex-vivo, anotando-se os valores; registrados os linfonodos corados e não corados com azul patente; comparados os dois métodos. Em 88% dos linfonodos houve presença da lateralidade, tal diferença foi significante (² = 28.88 e p<0,0001). Não houve diferença significante (p>0,05) entre os lados direito e esquerdo, quanto à intercessão dos dois métodos. Os níveis de radiação detectados foram idênticos em ambos os lados (p>0,05), também não foi verificada diferença significante (p>0,05) em ambos os lados, nas contagens in vivo e ex vivo, e no número de linfonodo corado com azul patente. O modelo experimental apresentado foi capaz de definir o linfonodo sentinela utilizando o Azul Patente e Tecnécio(99mTc). A identificação do linfonodo sentinela é exequível com Azul Patente no mapeamento da cadeia linfática; o mapeamento linfático com Tecnécio(99mTc), permite identificar com detalhes o sistema de drenagem linfática; não houve diferença significante entre os dois métodos (p=1,0), Azul Patente e Tecnécio(99mTc).