Memória Social e afirmação étnica na tradição oral dos Tremembé de Almofala (1980-2014)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Machado, Francisca Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/20095
Resumo: A pesquisa aqui desenvolvida tem por objetivo compreender a luta dos Tremembé de Almofala pela afirmação de sua identidade étnica e pelos direitos que dela decorrem. A partir da década de 1980 e respaldado pela Constituição Federal de 1988, o grupo lançou mão da memória ancestral, expressa na oralidade, e fez de suas práticas culturais, os elementos da identificação do grupo, diferenciadores em relação aos “outros”, para legitimar suas reivindicações. A partir da realização da pesquisa foi possível perceber que a memória Tremembé é formada na dinâmica e no entendimento grupais, importantes do ponto de vista da organização social e étnica, e que ela se estrutura em diversos tempos e temporalidades, fundamentais na sustentação de uma identidade Tremembé. As narrativas não se atêm a um tempo marcado pelo calendário cristão. Elas se estruturam em volta de marcos que delimitam o tempo, que elegem e estabelecem lugares, a partir de acontecimentos advindos da memória coletiva, tanto no que se refere ao tempo das experiências vividas, como em relação ao tempo cíclico da natureza. Assim, a narrativa funda um conhecimento construído e “materializado” a partir de práticas culturais e de lugares simbólicos, onde os testemunhos procuram reforçar a legitimidade de seus direitos.