Uma incursão na memória da educação cearense: a experiência da Escola de Aprendizes Artífices do Ceará [1810-1818]

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Madeira, Maria das Graças de Loiola
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/69216
Resumo: Com base em pesquisa bibliográfica, o presente estudo teve como intenção recuperar a memória da Escola de Aprendizes Artífices do Ceará, atual Escola Técnica Federal, dentro do contexto local e nacional, entre os anos de 1910 a 1918. No primeiro capítulo apresenta-se discussões de ordem teórico-metodológicas com relação ao oficio do historiador da educação, desde ao tratamento dado aos documentos, à ausência destes para a reconstituição da memória. O segundo capítulo aborda o contexto social, econômico, educacional e político cearense, destacando, entre outros aspectos, a população em estado de miséria, acometidos por epidemias, secas, e, "administrada" por oligarquias, como a do Comendador Antônio Nogueira Acioly. Em contrapartida a este quadro, haviam os discursos de intelectuais cearenses que atribuíam uma fé cega à modernidade para a resolução de todas estas mazelas sociais. Ainda com relação ao mesmo capítulo, o sistema escolar cearense evidenciado revelam ações improvisadas do poder público, devido às influências político-partidárias, que determinavam a implementação de projetos nesta área, como, por exemplo, a criação de escolas, nomeação de professores, salário, etc. Na última parte do texto, trata-se, especificamente, dos oito anos de funcionamento da Escola de Aprendizes, destacando suas intenções, a que público pretendia atingir, a sua organização curricular e inspirações teóricas e filosóficas, as estratégias para remediar, através da mão de obra dos aprendizes, o descaso do governo federal com relação ao seu orçamento. Apesar de todas estas dificuldades, a Escola conseguiu publicar, em 1917, uma revista - A Revista Pedagógica - na sua oficina de tipografia. A referida revista tornou-se uma preciosa fonte para o nosso estudo, sobretudo, por ela ter se tornado um veículo de divulgação do ideário da Escola, e por assim dizer, das idéias modernista de um modo geral, com relação à educação naquele momento.