A intenção comportamental no contexto do trânsito: uma análise a partir da Teoria da Ação Planejada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Sousa, Emanuela Maria Possidônio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: www.teses.ufc.br
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/13209
Resumo: Esse estudo teve por objetivo predizer a intenção comportamental de motoristas considerando as variáveis da Teoria da Ação Planejada. Para tanto, estruturaram-se dois estudos. No Estudo 1, elaborou-se a Escala de Comportamentos no Trânsito; e no Estudo 2, testou-se a influência das atitudes, das normas subjetivas e da percepção de controle na intenção. No primeiro estudo, procederam-se com três etapas empíricas. Na primeira, realizou-se levantamento dos comportamentos infratores descritos no Código de Trânsito Brasileiro e distribuíram-se aleatoriamente as infrações em cinco tipos de questionários, contando com 44 itens em cada versão. Em seguida, procedeu-se a coleta de dados, que contou com 271 pessoas da população geral de Fortaleza (CE), com idades entre 18 e 80 anos (m = 34,7; dp = 13,8), a maioria homens (53,2%), solteiros (48,3%) e condutores de carro (69,7%), que responderam a versão preliminar da escala. Perguntou-se aos condutores se conheciam as situações descritas e com que frequência aconteciam em Fortaleza, utilizando uma escala de 5 pontos (1 = Nunca a 5 = Sempre); caso o participante não entendesse o item, deveria marcar “Não entendo” (opção “0”). As análises foram efetuadas no SPSS. Avaliou-se o poder discriminativo dos itens e calculou-se a frequência de respostas, agrupando-as em: “Baixa Frequência” (respostas de 0 a 2) e “Alta Frequência” (respostas de 3 a 5). Desse modo, consideraram-se para a próxima etapa apenas os itens que apresentaram poder discriminativo e “Alta Frequência” acima de 50%. Na etapa II, revisou-se o conteúdo dos itens selecionados anteriormente e realizou-se uma análise de juízes. Ao final dessas avaliações, foram mantidos 49 itens (40 referentes a comportamentos de motoristas de carro e de motocicleta, 4 específicos de carro e 5 específicos de motocicleta). Na etapa III, participaram 248 usuários do Facebook, a maioria entre 18 e 25 anos (58,2%), mulheres (53,7%), solteiras (77,0%) e condutoras de carro (76,6%). Para as análises, foram consideradas apenas as respostas dos motoristas de carro, devido ao reduzido número de participantes das outras categorias de habilitação. Calcularam-se as estatísticas descritivas e realizou-se Teste t de Student (poder discriminativo dos itens). Os resultados indicaram que 24 itens discriminaram significativamente os grupos critérios. Ademais, os valores do KMO e do Teste de Esfericidade de Bartlett foram satisfatórios. Realizou-se uma análise de Componentes Principais, com rotação oblimim, considerando os critérios de Kaiser e Cattell. Constatou-se estrutura de dois fatores (comportamentos infratores e prossociais no trânsito). No Estudo 2, participaram 226 pessoas da população geral de Fortaleza (CE), com idades entre 18 e 86 anos (m = 31,07; dp = 11,72), a maioria homens (66,1%), solteiros (60,5%), com ensino superior completo (37,8%) e condutores de carro (60,5%). Os resultados demonstraram que a percepção de controle foi o preditor mais significativo da intenção. Não obstante algumas limitações, ressalta-se que os objetivos foram alcançados, sendo propostos estudos futuros que contribuam para a predição dos comportamentos dos motoristas.