Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Bárbara Rainara Maia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/55885
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Resumo: |
A presente pesquisa teve por objetivo analisar as contribuições do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (FACED – UFC) para a formação inicial de pedagogos/as visando à docência na Educação Infantil quanto ao tema das relações étnico-raciais, a partir da perspectiva de docentes, discentes e egressos/as. Essa pesquisa se justifica, dentre outros motivos, porque, embora haja um notável crescimento no número de produções acerca das relações étnico-raciais na Educação Infantil, a formação docente para atuar nessa etapa da educação com o tema das relações étnico-raciais ainda é pouco abordada. A metodologia foi qualitativa, do tipo estudo de caso. Os procedimentos consistiram em questionários e entrevistas semiestruturadas com egressos/as, estudantes e professores/as do referido curso, na modalidade presencial (diurno e noturno), e os registros foram feitos em gravadores de áudio e bloco de notas. A construção dos dados dialogou com as teorias sociointeracionistas acerca do desenvolvimento infantil e humano (VYGOTSKY, 1988; 2001; WALLON, 1995; 2007), bem como com os conhecimentos produzidos no campo da Educação Infantil (BENTO, 2011; BONDIOLI, 1998; CRUZ, 2015; DIAS, 2007; 2012; GODOY, 1996; OLIVEIRA, 1992; TRINIDAD, 2011), da formação de professores/as (FORMOSINHO, 2009; KISHIMOTO, 2005) e das relações étnico-raciais (ALMEIDA, 2019; GOMES, 2017; hooks, 2017; KILOMBA, 2019). Foi possível constatar que, apesar de haver um movimento de inclusão da temática étnico-racial na instituição, o trabalho com esse assunto ainda é escasso e deixa lacunas em relação às especificidades da Educação Infantil, tanto no aspecto teórico quanto prático, carecendo de maior intencionalidade por parte dos/as docentes. Depoimentos de parte significativa das pessoas entrevistadas do grupo de estudantes, egressos/as e docentes parecem indicar que o atual currículo do curso conduz a uma fragmentação e compartimentalização dos conhecimentos, além de provocar uma supervalorização da dimensão cognitiva em detrimento da dimensão afetiva, relacional, deontológica e atitudinal, igualmente importantes para o processo formativo. É necessário um diálogo maior entre Educação Infantil e relações étnico-raciais, de modo que haja uma relação de reciprocidade entre ambos os campos. Há também a urgência de uma formação que contemple os/as futuros/as pedagogos/as em sua integralidade. Por fim, é preciso que a pauta antirracista seja acolhida por todo o corpo docente, o que demandaria mais conhecimentos e experiências em relação à temática racial com foco na Educação Infantil, e a inclusão de epistemologias negras e indígenas nas disciplinas. |