Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Matos, Robson Salviano de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/39504
|
Resumo: |
A melatonina (MEL) é um hormônio natural encontrada no trato gastrointestinal em grandes quantidades. É produzida por células enterocromafins e apresenta efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios. O lipopolissacarídeo (LPS), um composto existente na membrana externa de bactérias gram-negativas, quando presente em altas concentrações no lúmen intestinal, pode provocar efeitos danosos. Essa endotoxina é usada para indução de doença inflamatória intestinal em modelos animais. O luzindol é um antagonista dos receptores MT1 e MT2 de MEL. A ação modulatória do luzindol tem sido frequentemente investigada, porém os seus efeitos isolados ainda não foram plenamente esclarecidos. No presente estudo, avaliou-se o efeito agudo do luzindol e LPS sobre os parâmetros inflamatórios e de estresse oxidativo no jejuno de camundongos. Foram utilizados 32 camundongos Swiss, machos, tratados com solução salina (0,35 mg/kg, i.p, n=8); ou luzindol (0,35 mg/kg, i.p, n=8); ou LPS (1,25 mg/kg, i.p, n=8); ou luzindol + LPS (0,35 mg/kg, i.p e 1,25 mg/kg, i.p, respectivamente, n= 8). Após uma hora e meia do tratamento, os animais foram eutanasiados e amostras do jejuno coletadas para avaliação dos parâmetros morfométricos dos vilos e criptas, escore histopatológico das criptas e marcadores de células caliciformes. Foi avaliado o processo inflamatório através da imunomarcação para molécula adaptadora ligante de cálcio ionizado-1 (Iba-1), interleucina-1 beta (IL-1β), fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α), óxido nítrico sintase induzida (iNOS), fator nuclear kappa beta (NFkB), além da avaliação da atividade da mieloperoxidase (MPO). Foram realizadas, também, determinações de marcadores de estresse oxidativo: catalase (CAT), glutationa reduzida (GSH), malondialdeído (MDA) e nitrato/nitrito. Os animais tratados com luzindol, LPS e luzindol + LPS apresentaram encurtamento da altura dos vilos comparados com o salina (p<0,05). Os animais tratados com luzindol + LPS apresentaram menor profundidade da cripta comparado aos demais grupos (p<0,05). Os animais dos grupos luzindol e LPS apresentaram menor razão vilo/cripta quando comparados aos grupos salina e luzindol + LPS (p<0,05). O grupo LPS apresentou pior escore histopatológico das criptas quando comparado aos demais grupos (p<0,05). O tratamento com luzindol, LPS e luzindol + LPS reduziu a quantidade de células caliciformes imunomarcadas com PAS (p<0,05) e apresentou aumento de células imunomarcadas com Iba-1 (p<0,05) quando comparado ao grupo salina (p<0,05). A imunomarcação para IL-1β, TNF-α e NFkB foi mais intensa no grupo luzindol comparado aos demais grupos (p<0,05). O grupo LPS apresentou maior atividade da MPO que os grupos salina e luzindol (p<0,05). Houve uma redução na atividade das enzimas CAT nos grupos luzindol, LPS e luzindol + LPS quando comparado ao salina (p<0,05). O grupo luzindol apresentou aumento do GSH quando comparado ao salina (p<0,05). Não houve alterações significativas no iNOS, MDA e nitrato/nitrito. Os resultados desse estudo sugerem que o luzindol, via bloqueio de receptores MT1 e MT2, e o LPS provocam efeitos agudos no jejuno de camundongos. O luzindol e o LPS induzem alterações morfológicas e modulam positivamente a resposta inflamatória. |