O educador e a educação de resistência sob o prisma da Dialética Negativa de Adorno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Capistrano Filho, João
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: http://www.teses.ufc.br
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/3233
Resumo: O objetivo do presente trabalho é fazer uma reflexão sobre a função do educador como protagonista de uma educação de resistência. A reflexão sobre a educação de resistência se pauta no modelo adorniano de pensar a realidade social sob o prisma da dialética negativa. A realidade refletida pelo educador é a educação social do sujeito que determina o seu modo de ser a partir dos primeiros contatos com a sua cultura por meio dos familiares ou por quem o cerca. A educação de resistência reflexiona a educação social à medida que desconstrói a identidade do princípio da dominação que subsiste na sociedade moderna através do modelo de produção capitalista. A dominação se expressa no capitalismo tardio por meio da indústria cultural cujo corolário é fabricar no sujeito necessidades que o leve, compulsivamente, a consumir mercadorias como um meio de inserção social. A indústria cultural transforma o coletivo social em instrumento de pressão sobre os indivíduos. Para Adorno, ao tentar abranger todo o corpo social a indústria cultural age como falsa totalidade. A educação de resistência faz um mergulho dialético sob a pretensão da indústria cultural em se tornar totalidade fabricando comportamentos agregados aos anúncios de venda de mercadorias. A dialética negativa atuando como suporte da educação de resistência reflexiona a ação controladora da indústria cultural que inibe a autonomia do sujeito e ao mesmo tempo a vende como comportamento fabricado. A educação de resistência é um modelo de educação em que o educador insta o sujeito a ter o pensar como práxis à medida que se relaciona com a multiplicidade que compõe o mundo social. Adorno entende que pensar é agir. Para a educação de resistência pensar a educação social é criar a possibilidade de agir contra o princípio da dominação que se manifesta na sociedade administrada pelo capital.