Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Paula Júnior, Francisco Vicente de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/35447
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Resumo: |
Esta dissertação é resultado de uma pesquisa que objetiva, principalmente, analisar a presença do gênero Fantástico na Literatura Cearense, mas que, pela abrangência e complexidade da temática, exigiu um recorte teórico orientador, mesmo que a modalidade escolhida para o estudo seja basicamente o conto. Começando com uma definição necessária e bastante objetiva do gênero Fantástico, não esquecendo, logicamente, algumas óbvias implicações, como a proximidade que o mesmo tem com o Maravilhoso, recorremos, então, ao posicionamento dos críticos mais difundidos sobre o assunto, ou seja, aos textos de Tzvetan Todorov, Filipe Furtado, Victor Bravo e Irène Bessière (estudiosos do Fantástico), Irlemar Chiampi (pesquisadora do Maravilhoso) Michel de Certeau e Afrânio Coutinho (estudiosos da Cultura Popular e da Literatura Brasileira, respectivamente). Numa perspectiva diacrônica, depois de considerações sobre o conto fantástico brasileiro, partimos desde os Oiteiros, início da literatura cearense, até encontrarmos o texto "O ar. do vento, ave-Maria!", de Oliveira Paiva que, em nossa opinião, foi construído nos moldes tradicionais do Fantástico. Demarcado o nosso principal objeto de estudo, procedemos uma análise tanto estrutural quanto temática dessa narrativa, à luz das teorias sobre o Fantástico, na intenção de inscrevê-Ia como o primeiro conto fantástico da literatura cearense. Durante essa análise, destacando as principais categorias do gênero e suas temáticas, vislumbramos também o caráter "evolutivo" do conto, em si, e do próprio gênero fantástico acompanhando, como não poderia deixar de ser, as exigências do sistema literário como os quesitos tradicionalismo, modernidade e contemporaneidade. Por último, fundamentados no caráter evolutivo que se nos apresenta, alargamos a questão para que se possa pensar em um Fantástico modificado, exemplificado pelos contos de autores contemporâneos que já se distanciam do "tradicionalismo" postulado pelos primeiros representantes do gênero, tornando o estudo do Fantástico cada vez mais desafiador. |