A inserção da mulher na esfera produtiva: Uma leitura de gênero, trabalho e educação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Lustosa, Maria Anita Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: http://www.teses.ufc.br
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/3571
Resumo: A presente pesquisa investiga a crescente inserção feminina no mundo do trabalho, mediante o contexto de crise da sociabilidade do capital, de desemprego em grandes proporções e, principalmente, de precarização do mundo do trabalho. É pretensão deste estudo, portanto, debater sobre a inserção da mulher na esfera produtiva e suas reais formas de efetivação (condições de trabalho), identificando como se expressam as mais recentes tendências do mercado de trabalho, seus desdobramentos e consequências para o segmento feminino. O contexto presente das transformações no mundo da produção traz elementos para uma reflexão sobre as atuais condições de inserção das mulheres na divisão social e técnica do trabalho, em um cenário que expressa a agudização da precarização das circunstâncias de trabalho, não apenas desse segmento, mas de toda a classe trabalhadora. A pesquisa foi fundamentada no referencial teórico marxista e nos estudos de autores como Mészáros, Antunes, Nogueira, Toledo, Hirata, dentre outros, que se debruçaram sobre a análise das contradições inerentes à lógica antagônica da sociabilidade do capital. Dessa forma, fazer um estudo baseado nos pressupostos marxista torna-se relevante para se compreender o engendramento da problemática social na perspectiva da totalidade do real. A investigação realizou-se por meio de uma pesquisa bibliográfica e documental, e por intermédio de análise dos documentos do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho – IDT/Fortaleza, que pudessem indicar como é expresso o fenômeno de inserção da mulher no mercado de trabalho contemporâneo, particularmente, na Região Metropolitana de Fortaleza – RMF. Esclarecemos ainda, que a investigação contou também com dados de pesquisas realizadas em órgãos como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Organização Internacional do Trabalho – OIT, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio – PNAD, e outros documentos que auxiliaram o desenvolvimento do referido estudo. Nesse sentido, a análise da dimensão de exploração do trabalho feminino na sociedade capitalista pode ser percebida nas diversas formas de inserção subalterna, expressas em empregos tidos como de menor relevância social, prestações de serviços, terceirizações, informalidades ou empregos sem amparos legais, e nas exigências de um maior nível de escolarização e qualificação profissional.