A metrópole híbrida: o papel do turismo no processo de urbanização da região metropolitana de Fortaleza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Paiva, Ricardo Alexandre
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16139/tde-13012012-160306/
Resumo: A presente pesquisa investiga o papel da atividade turística no processo de urbanização contemporâneo da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), com base em uma análise comparativa entre o processo de produção e o consumo do espaço atrelado à lógica industrial e ao turismo. À luz da relação dialética entre espaço e sociedade, apresenta as especificidades do processo de urbanização desigual pretérito, lastro para a compreensão dos impactos socioespacias da modalidade de turismo de \"sol e mar\" no território metropolitano. A relevância da pesquisa se sustenta na necessidade de questionar o papel desempenhado pelo Estado na inclusão do turismo, através de políticas públicas, ações e discursos, como uma atividade estratégica no processo de reestruturação social (econômico, político e cultural-ideológico) do Ceará, com o intuito de se inserir nos fluxos de produção e consumo globalizados, reproduzindo os interesses hegemônicos e repercutindo em novos padrões de desigualdades sócio-espaciais. O método consiste em, com base nas proposições teóricas, dados quantitativos e imagens, avaliar as especificidades da urbanização turística na RMF, analisando o processo de estruturação e expansão metropolitana, bem como a urbanização precária desencadeada pela atividade turística; as intervenções de infraestrutura; os impactos no litoral de Fortaleza e na RMF; as intervenções urbanas através do desenho urbano e da arquitetura e sua relação com a construção da imagem turística da Metrópole; as articulações com o mercado imobiliário e o fenômeno urbano da segunda residência; as manifestações espaciais dos meios de hospedagens, sobretudo os resorts; bem como a relação com a preservação do meio ambiente. Embora tenha se levantado, como hipótese central, que as transformações espaciais desencadeadas pelas práticas sociais (econômicas, políticas e cultural-ideológicas) do turismo, constituíam o fator hegemônico do processo de urbanização recente da RMF, verificou-se que concorrem para tal realidade, antigas e novas dinâmicas sociais (industriais, terciárias, imobiliárias) que associadas ao turismo exacerbam o processo de segregação socioespacial e justificam o caráter híbrido do processo de metropolização contemporâneo de Fortaleza.