Bases marxianas para refletir o ensino de arte na escola: Lukács e Vigotski em debate

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Duarte, Elandia Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/78512
Resumo: Partindo de uma crítica materialista histórica-dialética da realidade humana, do fazer científico e da arte, esta tese empreende uma pesquisa a respeito da especificidade da educação estética e da sua relação com a escola, instituição que historicamente na sociedade de classes é responsável pela mediação e partilha do saber sistematizado entre os indivíduos. Tendo base no método marxiano de apreensão da realidade, no modo de produção como elemento basilar da formação humana do ser social, dos complexos sociais, como componentes determinantes da vida em sociedade, esta pesquisa se propõe a desvelar a relação entre escola e educação estética no atual momento do sistema capitalista e as suas múltiplas determinações, inquirindo as limitações e as brechas emancipadoras, da utilização da arte na escola. Para tanto, faz uso de três campos de estudos centrais para o debate, sendo eles: o método marxiano e suas implicações para arte; a arte e suas determinações gerais e sua relação com a realidade e formação humana; e por fim, o estudo se volta para a ponderação da educação estética, sua relação com as duas categorias apresentadas anteriormente e também com o espaço da educação escolar. O conjunto da presente investigação tem fundamentação central nas bases do materialismo histórico-dialético como um novo padrão teórico-prático do fazer científico, nos estudos sobre estética de Georg Lukács e na busca da construção de uma psicologia da arte marxista empreendida por Liev S. Vigotski. Por fim, este estudo defende que, apesar de não ser o espaço específico para realização de uma educação estética plena, a escola se coloca como local de contradição, dialeticidade e resistência entre os interesses da classe burguesa e da classe trabalhadora, sendo assim um espaço em que tais vivências têm possibilidades de acontecer, mesmo que a revelia do capital e de forma lacunar.