Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Emanuela Diniz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/45353
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Resumo: |
A implementação da Política Nacional de Saúde Mental no cenário do Sistema Único de Saúde é reflexo dos movimentos de reforma psiquiátrica que aconteceram no Brasil e no mundo na década de 90. Novos desafios foram propostos par a essa área, tais como a criação de redes substitutivas ao modelo hospitalocêntrico de outrora, as pessoas com transtornos mentais são então resguardadas do direito e autonomia que lhes havia sido retirado. Os Centros de Atenção Psicossocial infanto juvenil são os locais destinados ao tratamento de crianças e adolescentes com transtornos mentais, ele s deve m oferecer espaços de assistência, convivência, política e gestão. Porém, o que se percebe é um processo de trabalho dominado pelo modelo biomédico que fa vorece o surgimento de novos diagnósticos que hipervaloriza o tratamento farmacológico. Nesse contexto, o Guia brasileiro de Gestão Autônoma de Medicamentos (GGAM BR) surge como ferramenta de trabalho em grupo que enseja o aumento da participação dos usuár ios sobre seu tratamento, tornando o protagonista nesse processo. Esta investigação objetiva construir recursos para a adaptação do GGAM BR para crianças e adolescentes com transtornos mentais , utilizando uma abordagem qualitativa . Para a obtenção dos dados , realizamos duas etapas : a Realização de grupos terapêuticos com crianças utilizando o GGAM BR adaptado com dinâmicas e atividades compatíveis com o público a ser trabalhado. P ara isso , houve, inicialmente, a aproximação com o serviço, a rotina e , por fim, as atividades dos grupos terapêuticos ; b) Entrevista semiestruturada com os adolescentes , familiares e profissionais do CAPS i. O roteiro da entrevista foi embasado pelas questões do GGAM BR e envolveram o dia a dia dos adolescentes, a rede de apoio, f unção dos atores envolvidos no tratamento de crianças e adolescentes e a frase “Eu sou uma pessoa ou uma doença?” Os dados foram organizados e analisados através da análise de narrativas de onde emergiram as quatro categorias temáticas Os resultados fora m estruturados nos dois momentos principais: a) o GGAM BR trabalhado com a criança por meio de atividades lúdicas e dinâmicas que possibilitou discutir : o processo saúde/ direitos e deveres e autonomia; b) da s entrevistas com os adolescentes , familiares e profissionais do CAPS i emergiram quatro categorias temáticas: Equipamentos de saúde mental sob o olhar de adolescentes com transtornos mentais ; Os desafios de lidar com a doença mental ; Experiência com os psicotrópicos e a Função dos atores (usuário/ família/ profissionais do serviço) no processo de cuidado. Conclui-se que o uso do GGAM BR como dispositivo norteador na condução de grupos terapêuticos destinados a crianças e adolescentes com transtornos mentais favorece não só um espaço de valorização da fala dessas pessoas, mas também oportunidade de compartilhamento, vinculação e cogestão entre usuário, família e profissional do serviço. |