Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Lima, Gercilene Oliveira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/43055
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Resumo: |
A presente tese é fruto de uma investigação qualitativa realizada no Templo Patário do Amanhecer, localizado na cidade do Crato – CE. Combinou duas abordagens: a pesquisa (auto)biográfica em educação, na visão dos autores: Delory-Momberger, (2006, 2012, 2014), Olinda (2010, 2016), Josso (2004, 2010), Souza e Abrahão (2006); a segunda, a história oral, dialogamos com Meihy e Holanda (2014). O objetivo geral foi compreender, a partir das narrativas de si, os sentidos da experiência religiosa vivenciada na referida Doutrina, para sete participantes das falanges missionárias Nityamas, Gregas e Mayas, avaliando suas consequências em diferentes segmentos da vida. Para identificarmos os momentos formadores do cotidiano no interior do Vale do Amanhecer, criamos espaços para a narrativa de si, por meio do Círculo Reflexivo Biográfico – CRB (OLINDA, 2008, 2010, 2016), na modalidade da experiência religiosa. No campo da história oral, entrevistamos onze adeptos que contribuíram na edificação do Vale do Amanhecer do Crato. A metodologia de análise do corpus da pesquisa foi a Análise Textual Discursiva – ATD, proposta por Moraes (2003) e Moraes e Galiazzi (2011). O trabalho de campo envolveu as seguintes atividades: observação, análise documental sobre o acervo da Doutrina e a técnica do diário de itinerância (BARBIER, 2004). Constatamos que as narrativas da experiência religiosa se apresentaram como experiências existenciais com consequências (trans)formadoras em diferentes setores e níveis. As Nityamas, Gregas e Mayas são adeptas engajadas nos rituais do Vale do Amanhecer há pelo menos dois anos e suas falas indicam a necessidade da resistência a processos de subalternização e discriminação quanto a sua opção religiosa, manifestas a partir de intolerâncias religiosas na família, no trabalho e na escola. Tais resultados mostram o desafio da edificação de uma cultura de respeito aos direitos humanos, de modo que o direito inalienável da pessoa humana de fazer sua própria opção religiosa seja respeitado em toda sua plenitude. Sobre os fundadores da Doutrina, vimos que estes passaram por vários desafios de cunho material e espiritual, além de subdivisões do grupo, no processo de implantação e consolidação do templo no Crato. Também tematizamos a condição feminina nos rituais e na hierarquia doutrinária, identificando tensões entre a tradição e as necessidades de inovação face ao papel desempenhado pela mulher na contemporaneidade. |