Uma leitura sobre a construção do personagem mendigo em três contos brasileiros contemporâneos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Quiroga, Laura Lucía Careaga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/32442
Resumo: Este trabalho se propõe a analisar e comparar os contos “Os olhos dos pobres” (2016) de Julián Fuks, “Recortes de Hannah” (2016), de Cristhiano Aguiar e “A exata distância da vulva ao coração” (2014), de Marçal Aquino. Esses são contos de autores contemporâneos brasileiros, publicados pelas editoras Malha Fina Cartonera, Mariposa Cartonera e pela revista de circulação on-line Galerías.Cuadernos de Traducción, respetivamente. A perspectiva adotada segue a proposta crítica de Josefina Ludmer (2010), que procura chamar a atenção para as mudanças no estatuto da literatura, especificamente a partir dos anos 2000. No primeiro Capítulo apresentam-se as particularidades das edições em relação ao contexto do mercado editorial – global e local – atual. O apoio teórico para isto é de Schiffrin (2006), Darton (2009), Muniz Jr. (2016), Bilbija e Carabajal (2009) entre outros. No segundo Capítulo é abordado o problema central da pesquisa: a construção do personagem mendigo e suas relações com os outros personagens, de posições sociais favorecidas. Recorre-se a Candido (1964), Hamon (1972), Pellegrini (2012), Dalcastagnè (2003, 2005), Geremek (1995), dentre outros. No terceiro Capítulo vincula-se a análise dos personagens com a espacialidade: a configuração da cidade. O âmbito teórico é de Brandão (2005), Gomes (1994), Bourdieu (2013). A hipótese de leitura que sustenta este trabalho considera que a realidade que os contos fabricam (LUDMER, 2010) visibiliza, nos três casos, relações sociais desiguais que se encontram naturalizadas entre os personagens. Mas a construção destes últimos e da cidade, através das quais a visibilização é atingida, aparece como singular em cada conto. Aborda-se a noção de singularidade, assim como a de “ fábrica de realidade” a partir da leitura das transformações do realismo na literatura contemporânea, seguindo Pellegrini (2012), Speranza (2001, 2005), Contreras (2006, 2013), Kohan (2005). Este debate, por sua vez, aprofunda-se no Apêndice.