Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Vasconcelos, Karla Rebecca de Souza Teixeira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/50538
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Resumo: |
Entre os jovens, a intimidação sistemática, conhecida amplamente como bullying, vem configurando se um problema de saúde pública que afeta indivíduos em idade escolar. Independente do papel que assumam (vítima, agressor ou observador), os adolescentes estão expostos a consequências biológicas, psicológicas e sociais relacionadas ao fenômeno e estas podem perdurar ao longo da vida adulta. Este estudo tem por objetivo descrever a prevalência e os fatores individuais, familiares e sociais de escolares que autorrelataram sofrer bullying na cidade de Fortaleza/CE. Estudo seccional, de base populacional, com dados provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, nos anos de 2012 e 2015. Para comparabilidade entre os inquéritos, foram incluídos somente dados referentes aos escolares do 9º ano do EF de Fortaleza de cada um dos anos de inquérito. Os dados foram analisados com auxílio do pacote estatístico SPSS® versão 20. As proporções das variáveis e seus respectivos intervalos de confiança (IC95%) foram estimados conforme o ano do inquérito. Ocorreu um incremento, estatisticamente significante, de 12,5% (OR=1,29) no autorrelato dos escolares que sofreram bullying entre os anos de 2012 e 2015 (34% vs 46,5%), sendo a aparência do corpo (15,6%) e do rosto (11,4%) os motivos especificados mais prevalentes. Os fatores individuais dos escolares foram caracterizados por ambos os sexos, idade entre 14 e 18 anos (2012: 82,9% vs 2015: 82,8%), cor parda (2012: 44,7% vs 2015: 53,1%), desprendiam entre 3 e 6 horas por dia com uso de tecnologias (2012: 48,8% vs 2015: 54,0%), a escolaridade da mãe era de ensino fundamental incompleto (2012: 23,9% vs 2015: 21,1%), estavam tentando perder peso (2012: 32,0% vs 2015: 29,5%), possuíam uma rede de amigos (três ou mais amigos) e início sexual mais tardio (13 ou mais anos). Sobre experiência com drogas lícitas (cigarro e álcool) e ilícitas na vida, foi observado aumento do relato de experimentação de tabaco (2,3%) e drogas ilícitas (3,7%) entre os anos. O suporte social familiar se mostrou frágil, sendo os escolares oriundos de famílias uniparentais, morando em sua maioria com a mãe. Em relação aos fatores sociais, houve o aumento de 31,9% no envolvimento dos escolares em briga com uso de arma branca e 10,5% com uso de arma de fogo. Os achados permitem projetar ações focadas e adaptadas à população alvo de acordo com os fatores de risco identificados e subsidiados pela literatura, ressaltando que não devem ser encarados de forma isolada, mas relacionados entre si. Diante do exposto, faz se necessário o engajamento de todos os envolvidos no fenômeno (escolares, professores, familiares e comunidade) para o combate efetivo à intimidação sistemática. |