Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Frota, Jeanny Fiuza Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/1035
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Resumo: |
Introdução: A disfagia, sintoma que acompanha algumas das doenças mais prevalentes entre os idosos, ainda é pouco explorada em nível populacional. No entanto, constitui fator de risco para o desenvolvimento de pneumonias aspirativas e de outros eventos clínicos, o que afirma a importância de se conhecer sua prevalência na população idosa. Objetivo: identificar a prevalência de disfagia em idosos residentes em uma área urbana da cidade de Fortaleza, Ceará. Método: Foi realizado inquérito domiciliar com 588 idosos residentes na cidade de Fortaleza. Para tanto, aplicou-se entrevista estruturada contendo dados sócio-demográficos e de saúde; um instrumento de avaliação funcional (Katz) e outro de avaliação dos sintomas relacionados à disfagia, buscando investigar características da fase oral e da fase faríngea da deglutição. Realizou-se análise bivariada da variável dependente (idosos com disfagia) e das variáveis independentes (dados sócio-demográficos, clínicos e epidemiológicos). Utilizou-se o software STATA, considerando intervalo de confiança de 95% e valor de P<0,05. Foram excluídos da análise todos os idosos que utilizavam via alternativa de alimentação. Resultados: Dos 588 idosos entrevistados, 577 foram incluídos como amostra. A prevalência geral de disfagia na população estudada foi de 27,04%. A prevalência foi de: 10,05% para disfagia oral; 11,44% para disfagia faríngea; 5,55% para disfagia orofaríngea. Na análise bivariada houve maior prevalência de disfagia entre idosos com mais de 80 anos (p=0,00), entre viúvos (p= 0,00) e entre aqueles menos escolarizados (< 3anos de estudo) (p=0,001), assim como idosos dependentes (p=0,00). Também mostraram maior prevalência de disfagia aqueles portadores de demências (p=0,00), de doença de Parkinson (p= 0,028), Infarto do Miocárdio (p=0,025) e doenças reumatológicas (p= 0,006). Conclusão: Trata-se do primeiro estudo populacional sobre disfagia realizado no Brasil e que contempla a população idosa. Foi observada uma elevada prevalência de disfagia na população estudada. Constatamos que alguns grupos populacionais de idosos como viúvos, menos escolarizados, portadores de demências e doença de Parkinson apresentaram uma prevalência maior de disfagia. Estudos prospectivos visando mensurar o impacto de tais ações na vida dos idosos disfágicos e no sistema de saúde se fazem necessários. |