A escrita órfã de Luis Fernando Verissimo em Borges e os Orangotangos Eternos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silva, Keyla Freires da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: www.teses.ufc.br
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/8113
Resumo: O principal objetivo de nossa pesquisa é a relação autor-escritura no romance Borges e os orangotangos eternos, de Luis Fernando Verissimo. Nessa obra, classificada como romance policial, Verissimo dá voz a um narrador, Vogelstein; transforma o escritor argentino Jorge Luis Borges em personagem e depois em autor do seu texto. É quando Vogelstein entrega sua história a Borges, para que ele a termine. Contudo, a história não se finda por completo, pois esse último capítulo, “la cola”, não chega a fazer parte da história de Vogelstein, já que nele constam apenas especulações. O desfecho de Borges continua sendo “la cola” da escrita de Vogelstein, o que poderia ser. Assim sendo, procuramos em nosso trabalho refletir sobre essas vozes enunciadoras desse romance, que denunciam uma escrita órfã, sem um pai que seja capaz de defendê-la, a própria condição da escrita literária. Também constam em nosso trabalho reflexões sobre a relação do gênero narrativa policial com concepções do pensamento pós-moderno na literatura contemporânea e o papel dos espelhos ligado à linguagem, ao mundo exterior e à narrativa. Nossas considerações têm como base as ideias, principalmente, de Maurice Blanchot, Roland Barthes, Michel Foucault, além de outros filósofos-críticos com pensamentos afins.