Trabalho livremente associado: fundamento da sociedade emancipada

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Zeferino, Bárbara Cristhinny Gomes
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Trabalho - Aspectos sociais; Liberdade
• Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/56779

A presente investigação ancorada nos pressupostos marxistas-lukacsianos, trata do trabalho livremente associado enquanto fundamento para uma sociedade emancipada. Buscamos refletir sobre a necessidade de superação dessa ordem social e delinear pressupostos para pensar uma sociabilidade de homens e mulheres efetivamente livres, que vivam em condições de igualdade e de plenitude humana. A sociedade capitalista demonstra que não há saídas humanizadas dentro desta ordem, pois a natureza desse modo de produção aponta para uma generalização da barbárie, a saída para a humanidade seria a ruptura com este sistema e a construção de um modo de produção radicalmente novo de mulheres e homens livres. Como Mészáros nos diz parafraseando Rosa Luxemburgo, as saídas atuais se constituem em “socialismo ou barbárie, barbárie se tivermos sorte”. A emancipação humana não é a única alternativa, mas é a única que possibilitará a verdadeira libertação e igualdade para o gênero humano. Esta pesquisa visa apontar para a imperativa construção de uma sociedade humanamente emancipada, que tem como fundamento o trabalho livremente associado, que se caracteriza por ser uma atividade coletiva, livre, consciente e universal. A qual garante não só a objetivação social, por meio do predomínio da produção de valores de uso para o atendimento das necessidades humanas, como também a apropriação de todos os indivíduos, segundo Marx de acordo com suas necessidades e capacidades. Instituindo novas relações sociais de produção que possibilitam tempo livre para o desenvolvimento das potencialidades e das relações humanas plenas, que conforme Marx se constitui na riqueza da sociedade emancipada. Apontaremos os pressupostos fundamentais para instauração dessa sociabilidade, como o desenvolvimento das forças produtivas; a supressão da propriedade privada e do predomínio do valor de troca sobre o de uso. O trabalho, as forças produtivas e as relações dos indivíduos com a natureza e entre si estão na atual ordem postas sob condições de alienação, com o objetivo de produção não só de mercadoria, mas principalmente do mais-valor. Nossa pesquisa busca discutir e compreender o funcionamento da sociedade do capital e sua necessária superação, apontando os elementos, o papel da educação e as condições postas para a construção de uma sociedade na qual os indivíduos estabelecerão relações efetivamente humanizadas, plenas e cheias de sentidos com a natureza, entre si e com o gênero humano.