Trabalho, práxis e escola: elementos de uma formação revolucionária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Nobre, Iziane Silvestre
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: www.teses.ufc.br
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/14795
Resumo: Essa dissertação procura investigar a relação entre trabalho, práxis e escola como elementos de uma formação revolucionária, objetivando analisar as três categorias citadas no contexto da União Soviética. Analisa o debate educacional entre os educadores soviéticos na medida em que permite perscrutar o papel da educação na transição socialista em que se destacam os temas da Revolução Cultural, da influência da pedagogia burguesa, da politecnia, da instrução profissional, da contribuição da escola para o avanço da revolução e do caráter educativo da práxis revolucionária. O percurso da análise se inicia pelas contribuições de Marx e Engels para a educação justamente porque esses autores oferecem suporte teórico para o tratamento das categorias trabalho-educação, politecnia, onilateralidade, práxis, bem como são as principais referências dos educadores soviéticos. Posteriormente, dentro do recorte temporal estabelecido entre 1917 e 1931, analisa-se o contexto da Revolução Russa, identificando, nos seus principais aspectos, elementos de um processo educativo. Em seguida, analisam-se as principais questões do debate soviético da educação como a incorporação de elementos da pedagogia escolanovista; o modo da apropriação e aplicação das noções marxistas da união trabalho e ensino, da politecnia; problemas teóricos e práticos da definição do trabalho como princípio educativo; a prevalência da escola sobre outras práxis formadoras para a construção da sociedade revolucionária. Defende-se a ideia de que a práxis, o trabalho e a escola estiveram presentes de maneira programática até a implantação da NEP, após a qual houve a centralização da escola nos processos educativos, ganhando relevância à instrução profissional, voltada para a formação de mão de obra para as fábricas, enquanto a formação politécnica e dos espaços organizativos da classe trabalhadora foram relegadas. Esta pesquisa conclui que a educação soviética, para seguir consistentemente no processo de construção do socialismo, deveria ter abarcado não somente a formação pelo trabalho, mas também considerado o princípio educativo da práxis, visando atender tanto a necessidade do desenvolvimento das forças produtivas, como a formar a consciência revolucionária, e assim, construir os pilares da revolução cultural.