Afinidades e diferenças entre Elio Vittorini em Conversa na Sicilia e João Cabral de Melo Neto em Morte e Vida Severina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Souza, Carlos Alberto de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: http://www.teses.ufc.br
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/3435
Resumo: Este trabalho visa estabelecer um confronto entre o romance Conversa na Sicília de Elio Vittorni e o poema Auto de Natal Pernambucano Morte e Vida severina de João Cabral de Melo Neto, tentando identificar os elementos que caracterizaram as afinidades e as diferenças entre ambos, vez que duas obras têm como pano de fundo a região de origem dos escritores, ou seja, a Sicília, no sul italiano e o nordeste brasileiro (Pernambucano) respectivamente, na tentativa de trazer à baila suas características sócio-culturais e o modus vivendi de sua gente massacrada pela ideologia dominante. Na tentativa de analisar as aproximações e as diferenças entre os dois autores em questão, procedeu-se ao exame da linguagem, das questões temáticas e ideológicas que possibilitaram a observância da estratificação social e cultural presente nas duas obras em apreço. Para tal, tomou-se por base a proposta teórica do tcheco Dionys Durisin por ser ele, entre os teóricos modernos, aquele que considera que a literatura comparada tem por objetivo a comparação do fenômeno literário versus fenômeno histórico sem levar em conta sua história específica. Tal estudo possibilitou uma visão profunda do poema Auto de Natal Pernambucano Morte e vida severina de João Cabral de Melo Neto, do ponto de vista comparativo, levando em conta as contingências culturais, econômicas, sociais e políticas nordestinas versus aquelas de Vittorini na Sicília, o que poderá despertar a curiosidade pela leitura da obra traduzida de Vittorini, e também contribuir para o acesso ao mundo de outra cultura, o que não deixa de ser uma função humanística da literatura comparada, além de ajudar a compreender os processos de construção de identidade entre as duas Literaturas: a brasileira e a italiana, tomando, como ponto de partida, a literatura regionalista, de acordo com o pensamento de Ana Pizarro.