Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Sant'anna, Maíra Tamaoki [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/91533
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Resumo: |
Sabe-se que a poesia de João Cabral de Melo Neto faz parte de um projeto poético que preza pela lucidez e rigidez formal, e, por outro lado, constitui-se de poemas expressivos e comoventes. Notamos que a primeira constatação é tão salientada nos estudos sobre a obra do poeta que a segunda é, muitas vezes, desprezada. Entendemos que tal fenômeno se deve ao fato de que esse suposto caráter racional da poesia cabralina possibilita sua distinção das outras poesias, tornado-a peculiar. Entretanto, embora a comoção chegue a caracterizar poesia, de modo geral, a que se constrói na obra de João Cabral é tão atípica quanto sua abordagem lógica. Desse modo, o presente estudo propõe a análise de poemas em que a coexistência dos fatores considerados é exemplar, os quais se denominam “Estudos para uma bailadora andaluza”, “Paisagem pelo telefone”, “A mulher e a casa”, “A palavra seda”, “Imitação da água” e “Jogos frutais”. Estes estão reunidos em Quaderna, de 1960, obra do poeta que concentra, de modo mais relevante, poemas que abordam a figura feminina. Defendemos que essa figura dos poemas difere da expressão poética que a tradição tem construído, a princípio por estar expressa por meio da linguagem cabralina “típica”, formal e estruturalmente rígida, contudo apresenta intensa sensorialidade. Notamos, inclusive, uma exaltação do feminino, que transcende a forma, o corpo em si, perpassa todo espaço poético e as palavras, culminando em uma celebração da própria poesia. Portanto, há um interessante paradoxo que procuramos investigar: como o feminino, que tem sido considerado como um tema lírico, pelo sentimentalismo com o qual é associado na poesia em geral, aparece nesta poética chamada “anti-lírica”, pelo laconismo e racionalismo imperantes. Além de se tratar de um aspecto menos evidenciado pela crítica, esta aparente... |