Mortalidade por Leishmaniose visceral em menores de 15 anos de idade atendidos no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, Teresina-Piauí

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Dantas, Jordania Miranda
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Leishmaniose visceral; Criança; Morte
• Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/68419

A leishmaniose visceral (LV), doença grave causada por espécies viscerotrópicasde Leishmania, capazes de causarem infecções assintomáticas ou oligossintomáticas até a morte, de maneira devastadora e fatal. A síndrome frequentemente inclui febre, perda de peso, hepatoesplenomegalia e pancitopenia. Os fatores de risco para a morte são pouco conhecidos, mas os sangramentos e as infecções bacterianas parecem ser os fatores mais fortemente associados ao desfecho letal. No Brasil, aproximadamente a metade dos óbitos por LV são emhumanos que tem menos de cinco anos de idade,fato atribuído à associação existente entre infecção e estado nutricional, considerada uma combinação de grande risco no desenvolvimento da doença. Diante dessa resultante, desenvolveu-se o presente estudo com o objetivo de investigar os óbitos no estado do Piauí - Brasil por Leishmaniose Visceral em menores de 15 anos de idade admitidos no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela,localizado na cidade de Teresina, correspondendo o período de agosto de 2010 a julho de 2015.Utilizou-se métodos de estudos a partir de uma pesquisa bibliográfico e documental com tripla captação de dados, cedidos pela Secretaria de Estado da Saúde do Piauí e Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, hospital público estadual apropriado para diagnosticar e tratar doenças mais prevalentes. Mediante tabulação e estudos de dados, constatou-se que 13 casos de óbitos por LV foram registrados no IDTNP envolvendo menores de 15 anos de idade, residentes no estado do Piauí, podendo-se verificar que as principais causas associadas à morte desses pacientes foram a insuficiência respiratória, choque séptico, infecção bacteriana não-especificada, sepse, anemia, pneumonia, insuficiência cardiorrespiratória, edema agudo de pulmão e insuficiência hepática. Não sendo encontrada nenhuma notificação médica nos prontuários sobre eventos adversos às medicações (RAM), que levassem tais pacientes a óbito. No final de todo o estudo, concluiu-se que a LV é uma doença grave associada a fatores como idade, tempo de evolução da doença e sinais clínicos inerentes à infecção e distúrbios da coagulação capazes de levar o paciente à morte, principalmente quando as vítimas são crianças menores de cinco anos de idade.