Flor residual de romances velhos: remanescências épico-líricas medievais na poesia de Onestaldo de Pennafort

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Carlos Henrique Peixoto de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/48324
Resumo: Onestaldo de Pennafort, poeta fluminense e famoso tradutor de Shakespeare e de Verlaine, exerceu a atividade poética principalmente na primeira metade do século XX. Mesmo sendo este o período em que se deu a maior parte da sua produção literária, Pennafort não se deixou influenciar muito pelas ideias vanguardistas da semana de 22. Exímio conhecedor da arte poética, foi cultor do verso metrificado e da rima. Em geral, é tido pela crítica literária como um dos últimos simbolistas, devido a sua poesia apresentar, entre outras características, um tom subjetivista e forte musicalidade. Apesar da prática poética de Pennafort estar situada temporalmente na modernidade, há, em vários de seus poemas, o uso de formas e de temas, bem como a presença de certa mentalidade poética, que remetem à tradição épico-lírica medieval, especialmente aquela substanciada nos velhos romances ibéricos. O presente trabalho tem por objetivo analisar os resíduos da mentalidade épico-lírica peninsular na poesia de Onestaldo de Pennafort, estabelecendo correlações e diferenciações entre os poemas escritos por este poeta e as composições do romanceiro tradicional ibérico. Para tanto, lançamos mão da Teoria da Residualidade, sistematizada pelo poeta, professor e pesquisador cearense Roberto Pontes, a qual diz que, “na literatura e na cultura, nada é original, tudo é remanescente, logo, residual”, ou seja, tudo guarda remanescências, resquícios de sensibilidades e de manifestações culturais de épocas passadas. Salientamos que a análise por nós realizada faz parte dos estudos comparados de literatura.