Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Braga, Luciana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/54374
|
Resumo: |
Clarice Lispector é alvo desta pesquisa por meio das duas coletâneas de contos intituladas Laços de Família (1960) e Felicidade Clandestina (1971). Da primeira coletânea, foram selecionados os contos “Amor”, “Preciosidade” e “O Búfalo” e, da segunda, os contos “Felicidade Clandestina”, “Restos do Carnaval”, “O grande passeio” e “O Primeiro Beijo”. Considerando o erotismo como parte da tessitura textual dessas obras literárias, tencionou-se analisar como o interdito é transgredido pelas personagens clariceanas em suas diferentes fases da vida e como o desvendamento do Eu em contato com o Outro se dá no decorrer das narrativas. Os contos escolhidos questionam o papel do ser humano, sobretudo a mulher, em diferentes fases da existência, dentro de uma sociedade que ainda interdita a sexualidade feminina e a existência de corpos plenamente erotizados. As obras selecionadas tratam-se de literatura desviante que, por possuir marcas consistentes da presença de Eros, transgridem duplamente e alcançam o status de literatura erótica. A partir da análise desses contos, é possível identificar uma linguagem artística livre dos padrões pré-estabelecidos para a escrita literária. Trata-se da linguagem irônica que coloca o leitor em suspensão capaz de negar a si mesmo e seus valores ultrapassados em nome de uma nova vertente contemporânea, que se livra da superficialidade e da dita civilidade da sociedade burguesa. O referencial teórico necessário para a realização dos objetivos estabelecidos abarca tanto teóricos do erotismo, como Georges Bataille (2017), Elódia Xavier (2007), Freud(2017), Octávio Paz (2015), Betty Milan (1983), Lúcia Castello Branco (1983) e Susan Sontag (2015), quanto teóricos especialistas da obra clariceana, como Nádia Gotlib (2013), Olga de Sá (2000), Nilson Dinis (2006), Vera Moraes (2012) e Gilda Plastino (2008), entre tantos outros lidos, com o intuito de compreender como interditos, transgressões, erotismo e pulsão aparecem na obra clariceana por meio de uma literatura do prazer, citando Barthes (2015), que remonta a descontinuidade narrada por Platão (1987). |