Sintomas depressivos no puerpério e sua implicação na autoeficácia de amamentar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Chaves, Anne Fayma Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/5383
Resumo: São diversos os fatores que interferem no processo de decisão da mulher em amamentar, dentre eles os sintomas depressivos, sendo um fator preocupante para os serviços de saúde que prestam assistência na área materno-infantil. O objetivo deste estudo foi investigar a relação dos sintomas depressivos no puerpério com a autoeficácia da mãe em amamentar. Desenvolveu-se um estudo correlacional, do tipo longitudinal, com abordagem quantitativa realizado nos Hospitais Distritais Gonzaga Mota do Município de Fortaleza. A amostra foi composta por 184 puérperas. A coleta de dados ocorreu no período de abril a julho de 2012 seguindo duas etapas: a primeira ocorreu no alojamento conjunto com a aplicação do formulário com dados sociodemográfico e obstétrico e da Breastfeeding Self-Efficacy Scale – Short Form (BSES-SF); a segunda foi realizada através de um telefonema entre 30-45 dias pós-parto no qual foi aplicado a Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) e o formulário contendo perguntas sobre o pós-parto e a saúde da criança. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará. Foi utilizado o programa SPSS versão 19 para análise dos dados. As mulheres estudadas tinham idade de 21 – 30 anos, casadas ou em união estável, com equivalência na escolaridade entre os ensinos médio completo, incompleto e o fundamental incompleto, tendo como ocupação dona do lar, com baixa renda familiar, multigesta e multíparas. Apesar de não terem planejado a gestação, mostraram se satisfeita, assim como o companheiro. As mulheres apresentaram elevada autoeficácia em amamentar e tiveram alta prevalência do aleitamento materno exclusivo. Nas correlações entre os escores da escala BSES-SF e as variáveis sociodemográficas e obstétricas somente o estado civil apresentou correlação estatisticamente significante (p= 0,04). As mulheres estudadas apresentaram baixos sintomas depressivos e não foi observada nenhuma associação estatisticamente significante entre as variáveis sociodemográficas e obstétricas e os escores da EPDS. Entretanto, pôde-se constatar que as puérperas com baixa escolaridade possuem risco maior de desenvolver sintomas depressivos (OR: 1,7; 95%), bem como mulheres que sofreram aborto (OR:1,3; 95%). O Alfa de Cronbach da EPDS na população estudada foi de 0,4, apesar de o valor ter sido baixo, apresentou-se significativo (p = 0,000), mostrando ser um instrumento válido. Não houve correlação significante entre os escores da BSES-SF e os escores da EPDS (p=0,734). Logo, podemos concluir que o enfermeiro que assiste a mulher no ciclo gravídico puerperal, deve enfocar ações de promoção da saúde materna, bem como a promoção do aleitamento materno, buscando manter a confiança materna no ato de amamentar e prevenir os sintomas depressivos.