Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Bonelli, Marina Cortez Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-11062021-155026/
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Resumo: |
O puerpério é um período com diversas adaptações físicas, emocionais e socioculturais que podem alterar a função sexual feminina e trazer repercussões para o aleitamento materno. A interface entre amamentação e sexualidade requer um olhar singularizado na atenção puerperal, pois pode causar impactos negativos ao processo de lactação. Este estudo teve como objetivo verificar as repercussões da autoeficácia materna na satisfação sexual entre puérperas. Trata-se de um estudo analítico, longitudinal e prospectivo, desenvolvido em uma unidade básica de saúde no município de Ribeirão Preto - SP. A coleta de dados ocorreu de outubro de 2018 a novembro de 2019, e contou com 156 mulheres participantes em três momentos distintos: aos dois, quatro e seis meses de após o parto. Para a coleta de dados utilizou-se quatro instrumentos: um questionário com dados de identificação e caracterização sociodemográfica e obstétrica; o Índice da Função Sexual Feminina - IFSF para avaliar a satisfação sexual; a Breastfeeding Self-Efficacy Scale - Short-Form para avaliar a confiança materna em amamentar; e um questionário sobre o tipo de amamentação da criança. Para a análise dos dados utilizou-se o programa Statistical Analysis System SAS® 9.4. Os resultados demostraram que a maioria das mulheres tinham entre 18 e 25 anos, possuíam parceiro fixo e se autodeclararam pardas. Identificou-se que a maioria das participantes apresentaram alta autoeficácia nos três momentos, sendo 76,9%, 75,5% e 76,4%, respectivamente. Nos dois primeiros momentos 67,9% e 51,1% das mulheres estavam em aleitamento materno exclusivo, além disso, a maioria apresentou uma satisfação sexual preservada em todos os momentos, sendo, 59,6%, 58,6% e 54,1%. Verificou-se não haver associação estatística significativa entre a satisfação sexual e a autoeficácia materna. Entretanto, no terceiro momento, identificou-se que, mulheres que tiveram uma autoeficácia alta apresentam associação com a função sexual preservada. Os resultados demonstram ainda que houve associação significativa entre o domínio satisfação sexual e a idade das mulheres, sendo que no primeiro (60,2%) e segundo (58,8%) momento a faixa etária entre 18 a 25 anos obtiveram uma satisfação sexual mais preservada do que aquelas com idade entre os 26 a 43 anos. Constata-se que não houve repercussões estatísticas da autoeficácia na satisfação sexual das puérperas, porém, sabe-se que as variáveis analisadas são permeadas por diversas características que devem ser analisadas concomitantemente. |