Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Lauana |
Orientador(a): |
Silva, Eliana |
Banca de defesa: |
Gadelha, Rosa,
Alvarenga, Arnaldo,
Leão, Raimundo,
Amoroso, Daniela |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
ESCOLA DE TEATRO E ESCOLA DE DANÇA
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES CÊNICAS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27315
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Resumo: |
A análise da trajetória profissional de Teresa Cristina Cabral Gigliotti à frente do Studio de Dança e do Grupo Studio caracteriza-se como um estudo de caso e uma pesquisa histórica de tendência crítico-analítica, englobando as esferas docente, criativa e coreográfica da dança moderna em Salvador da década de 1970. Metodologicamente, utilizo referências da micro história e história oral ao explorar o vasto acervo documental disponível e trabalhar com depoimentos, de modo que aspectos políticos e socioculturais daquela década sejam desnudados e um olhar mais abrangente sobre a comunidade da dança onde Teresa Cabral estava inserida torne-se possível. Dialogarei, entre outros, com os seguintes autores: Jeanne-Marie Gagnebin, José Miguel Wisnik, Ronaldo Vainfas, Lia Robatto e Lúcia Mascarenhas, Carmen Paternostro Schaffner, Teresa Cabral e Martha Graham. Considero como elementos essenciais para a análise proposta as seguintes características na sua trajetória profissional: identidade artística moderna, fundamentada numa visão prospectiva da vida, integrada ao ser social nas perspectivas de transcendência, humanização e coletividade defendidas por Roger Garaudy (1980); a bem sucedida relação entre suas proposições estéticas e profissionais e a sociedade soteropolitana da década de 1970; a dissociação entre seu trabalho e os princípios políticos e estéticos da dança pós-moderna; a credibilidade dos trabalhos do Studio de Dança e do Grupo Studio entre seus pares, ao agregar profissionais de referência histórica para a dança soteropolitana nos seus quadros de trabalho; as competentes articulações política e jornalística nas esferas local, nacional e internacional; o reconhecimento de seus feitos por meios de prêmios e convites profissionais; sua atuação concomitante no quadro efetivo de professores da Escola de Dança da UFBA. Em contradição a todos esses dados, identifico a quase completa ausência de memória dessas realizações entre a comunidade de dança de Salvador e seus registros escritos. Minha hipótese é que houve um processo de apagamento histórico de Teresa Cabral do contexto profissional da dança em Salvador da década de 1970, decorrente da independência da mesma em relação aos princípios estéticos e políticos difundidos pela dança conceitual dos Estados Unidos na década de 1960 (em franca exploração em Salvador na década de 1970). Nesse contexto, uma dança que não respondesse à vanguarda estética do momento e que estivesse dissociada de um discurso político explícito não poderia ter visibilidade. |