Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Carina Sampaio
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Orientador(a): |
Paim, Marcela Moura Torres |
Banca de defesa: |
Paim, Marcela Moura Torres,
Santos, Gredson dos,
Almeida, Aurelina Ariadne Domingues,
Almeida, Laura Camila Braz de,
Santos, Elisângela Santana dos |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC)
|
Departamento: |
Instituto de Letras
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37611
|
Resumo: |
Nesta tese, desenvolveu-se uma investigação no âmbito do Léxico, tomando como base dados inéditos extraídos do corpus do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), que é um intento de amplitude nacional, na área da Dialetologia e que tem como método a Geolinguística Pluridimensional, que se sustenta em um tripé básico, definido por Cardoso (2010, p. 89), como rede de pontos, informantes e questionários. Para a realização da tese, selecionou-se uma rede de pontos composta por 122 localidades, distribuídas no Nordeste e Sul do Brasil, utilizaram-se duas questões, do Questionário Semântico-Lexical – QSL, a 192, “como se chama um objeto fino de metal, para prender o cabelo? Mostrar grampo (com pressão)/ramona/ misse”, e a 193 “DIADEMA/ARCO/ TIARA - como se chama o objeto de metal ou plástico que pega de um lado a outro da cabeça e serve para prender os cabelos?” (COMITÊ NACIONAL, 2001, p. 37). Contou-se com a contribuição de 536 informantes, estratificados, conforme metodologia de seleção de informantes do referido projeto, em que se considera o sexo (masculino e feminino), duas faixas etárias (faixa I – 18 a 30 anos e faixa II – 50 a 65 anos), nível de escolaridade fundamental incompleto e, nas capitais, dois níveis de escolaridade (fundamental incompleto e universitário). As denominações encontradas, como, por exemplo, misse, grampo, birilo, friso, tiara, arco, diadema e travessa, foram avaliadas considerando, além da distribuição espacial, os aspectos sociais que são controlados pelo Projeto ALiB e o estudo geossociolinguístico dos dados. Os resultados encontrados confirmam que, nas Regiões Nordeste e Sul, foi registrado um total de 14 denominações para o objeto fino de metal que serve para prender o cabelo – misse, grampo (de cabelo)/ grampinha/ guarampo, presilha, birilo, friso, fivela, pegador, pregador (de cabelo), prendedor (de cabelo), cigarra, ramona, joaninha, ladona, passador – e 09, para o objeto que pega de um lado a outro da cabeça e serve para prender o cabelo – diadema, tiara, passadeira, traca/atraca/ataque, travessa, gigolé, arco/arquinho/arco de cabelo, regaço e arregar, nas localidades investigadas. Esse número demonstra que temos duas regiões, extremamente diversas, culturalmente, e isso se reflete, consequentemente, no modo de falar das pessoas e no modo como elas nomeiam os acessórios usados no cabelo. Os resultados revelam um dado sócio-histórico relacionado à seleção lexical dos informantes. Verificamos que os dicionários, ao descreverem as definições, possibilitam a compreensão polissêmica dos itens lexicais analisados, além de aproximar o consulente de outros significados. A partir disso, foi possível fazer as redes radiais das lexias registradas, nas Regiões Nordeste e Sul, nas quais foi possível esquematizar os termos utilizados pelos informantes da pesquisa desenvolvida pelo Projeto ALiB, visualizando-se as formas prototípicas e periféricas relacionadas aos nomes atribuídos para os acessórios de cabelo estudados pelos falantes. O estudo da história do Nordeste e do Sul brasileiro e dos acessórios para cabelo foram importantes para melhor conhecer esse elemento no corpus de natureza oral geossociolinguística, cujo domínio se mostrou diverso. |