Ações corporais labanianas traçando diferenças/semelhanças dos corpos múltiplos na dança

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santana, Thiago da Silva
Orientador(a): Rangel, Lenira Peral
Banca de defesa: Castro, Fátima, Brandão, Ana
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Dança
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Dança
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32121
Resumo: A pesquisa concerne ao ensino e ações artísticas em dança, com especificidade nas ações corporais Labanianas (Laban, 1978). Para abordar as diferenças e semelhanças de corpos, o termo corpos múltiplos é posto como denominação. O corpo homossexual também é discutido neste processo de ensino-aprendizagem. A arte do movimento de Rudolf Laban (1978) descreve os variados modos de ações corporais e, como recorte, tratamos das ações básicas e derivadas, embasados nas combinações das qualidades de esforços do movimento, com ênfase nos fatores condicionantes de espaço, peso e tempo, agindo como ações cognitivas do corpo. Em contextos, com particularidades que imbricam em diferentes e divergentes culturas, biologias, estruturas corporais, localizações, epistemologias, eles se distinguem, porém se entrelaçam de forma muito particular e quase imperceptível. É necessário um ensino-aprendizagem (FREIRE, 2018) que respeite as múltiplas epistemologias (SANTOS, 2018). Locomover, pular, cumprimentar são ações corporais (RENGEL, 2014, 2007) que se transmutam e são compartilhadas em grupos, comunidades e em sociedade. Nessa interação com o outro e com o mundo, os conhecimentos se cruzam e se ampliam em novos formatos que passam a coexistir, com o intuito de serem corponectivos (corpomente juntos, RENGEL, 2015). O movimento do outro, ao ser executado, afeta outros corpos a partir da interação e observação, mas o movimento do outro se torna outro movimento? Ou o movimento do outro era ou é de outros? E como o outro e com outros, o corpo dialoga? No princípio que Ramachandran (2014) denomina como imitação, o corpo tem a capacidade de interagir, ensinar e aprender saberes que são desenvolvidos de modos biológicos/culturais, proporcionando a ampliação de repertório. Esses saberes passam a ser filtrados e elaborados com as informações já existentes e se constituem como corpo, que, ao compartilhar suas particularidades, proporciona ao outro co-afetações com seus aprendizados existentes, na perspectiva do corpo como corpomídia (KATZ E GREINER, 2015). Os procedimentos metodológicos se articulam com a pedagogia crítica, em processos de troca mútua entre alunx e professorx. Consideramos que, a partir do reconhecimento e análise das ações corporais, em troca e especialização (RIDDLEY, 2014) oportuniza-se um espaço de compartilhamento de processos, transformações e de hábitos cognitivos em que essas diferentes falas, ao transbordarem, viabilizam outras práticas, na vida e na dança.