Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Cerqueira, Fernanda de Oliveira |
Orientador(a): |
Carvalho, Danniel da Silva |
Banca de defesa: |
Pilati, Eloísa Nascimento da Silva,
Farias, Jair Gomes de,
Cyrino, João Paulo Lazzarini,
Sousa, Lília Teixeira de |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Letras
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29875
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Resumo: |
Nesta tese, realizo um estudo acerca da natureza léxico-sintática do pronome pleno de terceira pessoa, em Português Brasileiro (doravante PB), um pronome pessoal não marcado na enunciação e propenso a sincretismos, a partir do inventário de traços-φ que constitui este pronome, sob a perspectiva da Teoria de Traços-φ (cf. HARBOUR; ADGER; BÉJAR, 2008) e de suas propriedades de ligação (cf. COLLINS; POSTAL, 2012; CARVALHO; BRITO, 2017), situadas no arcabouço do Programa Minimalista, da Teoria Gerativa, conforme Chomsky (1995 e posteriores), com intuito de identificar seu estatuto distribucional e referencial. Para cumprimento desse objetivo, parto da hipótese de que a estrutura interna do pronome no léxico é definida por uma geometria de traços cuja notação impõe restrições à derivação sintática e à interface conceitual-intencional, haja vista que sua forma não parece interferir em sua distribuição, nem estabelecer seu escopo de referência. Assim sendo, a geometria de traços do pronome pleno de terceira pessoa seria constituída por elementos formais pré-sintáticos, de natureza léxicosemântica, a saber, traços de definitude e de especificidade, os quais podem ampliar a compreensão da natureza da categoria pessoa, uma vez que mesmo não sendo definido em termos de elocução, como os pronomes de primeira e de segunda pessoa, essa proforma não é ategoricamente subespecificada, o que implica que outro aspecto, além de participante, compõe a condição de pessoal da terceira pessoa: determinação nominal, propriedade estrutural e referencial de nominais responsável por seu comportamento sintático e semântico. Empiricamente, apresento uma descrição do pronome pleno de terceira pessoa, com base em dados de introspecção, na qual verifiquei que este pronome ocorre em diversas posições sintáticas e, salvo em posição de sujeito, apresenta leituras identificável e particular, as quais decorrem, respectivamente, da presença dos traços [Definite] e [Specific] em sua notação. Em vista disso, proponho que a valoração dos traços da notação do pronome pleno de terceira pessoa, através de uma adaptação da operação Agree (cf. BÉJAR, 2003, 2008; CARVALHO, 2008, 2017), possa solucionar a emergência deste pronome em outras posições sintáticas. Outrossim, proponho que a referência do pronome pleno de terceira pessoa seja estabelecida, não só pelo Princípio B da Ligação (cf. CHOMSKY; LASNIK, 1993; CHOMSKY, 1995; BRITO, 2017), como também pela identidade de traços-φ do antecedente/referente com o pronome (cf. COLLINS; POSTAL, 2012; CARVALHO; BRITO, 2017). |