Artes de encontros e de arranjos autobiográficos docentes - acontecimento, mapas e formação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, João Paulo dos Santos lattes
Orientador(a): Maknamara, Marlécio lattes
Banca de defesa: Barzano, Marco Antonio Leandro lattes, Silva, Rosemeire Reis da lattes, Silva, Sandra Kretli da lattes, Moraes, Giselly Lima de lattes, Maknamara, Marlécio lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) 
Departamento: EDUFBA
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39271
Resumo: Esta tese toma como objeto de investigação as condições em que mapas professorais podem evocar produções de subjetividades docentes em processos formativos. Especificamente, esta tese visa mapear, através do método cartográfico, territórios existenciais e, desta maneira, acompanhar processos de produção de subjetividades docentes. Pressupõe atuação docente como uma potencialidade inacabada, artesanal, gestada de mo(vi)mentos e fluxos que teimam em escapar. Estra trajetória de produção e análise foi inspirada nas teorias pós-críticas em Educação, pois no traçado dos estudos pós-críticos, a vida não é segregada do pensamento. Esta abordagem teórica se desenvolve na trama das formas de poder, conhecimento e subjetividade presentes na sociedade contemporânea. Para tanto, recorremos metodologicamente à cartografia docente (o nome dado a este exercício cartográfico) como um compósito de movimentos heurísticos de registro de acontecimentos individuais e coletivos: em um recorte de intencionalidade limitada (o desejo em investigar com professores/as) diante de uma condição ilimitada (o que acontece ao longo do processo com sujeitos em devir docente). A cartografia docente indica uma trajetória de pesquisa que se construiu diante de condições singulares, com pessoas e suas singularidades e relações únicas. Já os mapas professorais emergem como possibilidades de capturar diferentes territórios, buscando estéticas emergentes das trajetórias de vida envolvidas em planos de forças. Eles são artefatos do registro dessas trajetórias de formação, como uma imagem capturada do pensamento numa tentativa de operar sobre a complexa produção do devir docente quando as palavras não dão conta. O argumento geral da Tese é o de que, em um cenário de espalhamento de possibilidades de investigar trajetórias de professores, os mapas professorais emergem como instrumentos capazes de ir além da mera representação geográfica. Ao explorar essa capacidade na produção de subjetividades docentes em processos formativos, desvela-se um artesanato potente em que a observação dos relevos combinados alinhava com maneiras de contar sobre a produção de diferença. Dessa forma, ao dar fluidez a seus critérios e princípios, mapeamos nossas próprias trajetórias de formação, pontos em comum, maneiras de estar e fazer na educação, na relação com os currículos e alunos e instituições, numa atenção sensível ao que se passava pelas narrativas de si com os outros, como um meio implicado em registrar alguns dos processos que geram entradas e saídas, em habitar territórios experienciais, a primazia da abertura para o acontecimento e a construção de uma pedagogia processual: um compósito de composições. Conclui-se que, por mais que tenhamos que performar conceitos e sistematizações científicas, o artesanato na educação evidencia a emergência de maneiras de operar os conhecimentos sistematizados criando caminhos que contribuam na composição de sentidos e estes não podem ser contados, coisificados ou decifrados.