Atividade de nanopartículas de prata Biogênicas em isolados orais de Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Mattos, Maiana Maria Rios Siqueira lattes
Orientador(a): Portela, Ricardo Wagner Dias lattes
Banca de defesa: Portela, Ricardo Wagner Dias lattes, Antón, Ana Rita Sokolonski lattes, Hanna, Samira Abdallah lattes, Rezende, Cíntia Silva Minafra e lattes, Tasic, Ljubica lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40894
Resumo: Introdução: O tratamento endodôntico tem como objetivo eliminar microrganismos patogênicos presentes no complexo pulpar. Apesar de haver protocolos bem definidos para esse tratamento, infecções persistentes, principalmente causadas por Enterococcus, tornam-se desafiadoras para o sucesso do tratamento. Considerando o potencial antimicrobiano das nanopartículas de prata biogênicas (AgNP), o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade desses compostos sobre Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium, bem como sobre seus biofilmes. Método: Utilizaram-se cepas referências e isolados clínicos de Enterococcus, provenientes de pacientes que apresentaram ausência de resposta ao teste de sensibilidade pulpar e reação crônica, as quais foram submetidas a testes de sensibilidade às AgNP por meio de ensaio de microdiluição em caldo. Determinaram-se as concentrações inibitórias mínimas (MIC100) e concentrações bactericidas mínimas. Também foi testada a atividade inibitória de AgNP na formação de biofilme e atividade sobre biofilme consolidado. A microscopia eletrônica de varredura (MEV) foi utilizada para a análise morfológica do Enterococcus tratado pelas AgNP. Resultados: As AgNP apresentaram 100% de efeito bacteriostático para todas as cepas e isolados clínicos, com exceção de um isolado clínico de E. faecium, em concentrações que variaram de 31,25 a 125 ug/mL. Com relação ao efeito bactericida, somente um isolado clínico e a cepa referência de E. faecium não foram 100% inativados pelas AgNP. Todas as cepas e isolados clínicos analisados foram produtores moderados de biofilme. As AgNP foram capazes de interferir na formação de biofilme pelos Enterococcus, sendo um máximo de 55% de interferência para E. faecalis e de 40% para E. faecium. Houve interferência no biofilme consolidado em níveis que variaram de 20 a 40%. As análises de MEV comprovaram a atividade antibacteriana das AgNP por meio de alterações morfológicas das células. Conclusão: As AgNP demonstraram ser um agente antimicrobiano com capacidade bacteriostática e bactericida sobre cepas referências e isolados clínicos orais de E. faecalis e E. faecium, bem como apresentaram propriedade de inibição na formação de biofilme e disrupção de biofilme formado.