Arte com e contra o arquivo: ensaios de um negro artista sobre memória, artes visuais e narrativas afro- brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Sant'Anna, Tiago dos Santos de lattes
Orientador(a): Colling, Leandro lattes
Banca de defesa: Simões, Igor Moraes lattes, Santos, Matheus Araújo dos lattes, Campos, Marcelo Gustavo Lima de lattes, Cidreira, Renata Pitombo lattes, Colling, Leandro lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (Poscultura) 
Departamento: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos - IHAC
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38479
Resumo: Esta tese aponta como a prática das Artes Visuais colabora para o estranhamento de arquivos históricos. Ao cruzar uma análise de poéticas artísticas, memórias do corpo, narrativas coletivas e destrinchar obras de arte, o texto descortina como os arquivos relacionados com as populações afro-brasileiras nos contam uma história oficial, ao mesmo tempo em que - quando investigados com mais complexidade e observações a partir de conhecimentos subalternizados - depõem contra essa mesma mirada ora tomada como verdade única. Escrita por meio de ensaios, a tese traz em cada uma das partes episódios específicos que servem como paisagem para uma investigação sobre as vinculações entre arte, arquivo e história. Percorrendo um caminho que costura narrativas pessoais com panos de fundo coletivos, o texto origina uma escrita de um artista-pesquisador – que toma proveito dessas duas diferentes posições para promover distintos fluxos entre a produção artística e acadêmica. A tese se vale de referências que perpassam os campos das Artes Visuais, da História, da produção intelectual e ativismos negros, além dos estudos decoloniais, na tentativa de estabelecer a interdisciplinaridade como um caminho na resolução de questões relacionadas com o direito à memória e o racismo. O autor indaga o que vem à tona quando as Artes Visuais atravessam os muros dos espaços institucionalizados e começam a percorrer os caminhos da produção da história, esquadrinhando quais outros arquivos poderiam ser analisados para que não tivéssemos, ainda hoje, uma história oficial excludente.